O ministro do meio ambiente Carlos Minc defendeu hoje, durante a audiência pública intitulada "Vigília Amazônica", que não pode tolerar que as ofensivas conservadoras tratem o código florestal brasileiro como um entrave para o desenvolvimento. "Qualquer modernização da legislação tem que partir do principio do desmatamento zero, não tendo a floresta como um obstáculo, mas sim como um grande ativo" afirmou o ministro.
Segundo Minc, as recentes tragédias naturais que tem acontecido no país deveriam ilustrar de maneira ainda mais clara o compromisso do povo brasileiro para com a floresta. "No norte as pessoas sofrendo com inundações, no sul com seca, o mundo inteiro só se preocupa com clima, e aqui, nós vemos uma ofensiva grande para diminuir as proteções ambientais, como tivéssemos proteção a mais. Nós temos é proteção a menos", afirmou Carlos Minc. As declarações aconteceram durante a cerimônia de abertura da vigília, presidida pela senadora Ideli salvatti, presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas. Carlos Minc ainda criticou a pecuária como grande fator do desmatamento na Amazônia e a política de distribuição de crédito para desmatadores. "Crédito é para quem está dentro da lei", concluiu o Ministro.
Além de Minc, até o presente momento pronunciaram-se o presidente do Senado Federal José Sarney e o presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, que destacou a importância da floresta para a humanidade "O traço marcante desta reunião é sua importância para a sobrevivência de todos os seres viventes", afirmou Temer. Sarney preferiu um discurso inflamado elogiando a iniciativa e também destacando o papel da floresta na manutenção do clima global. "É realmente uma causa nobre e de grande necessidade para nosso país, pois temos que ter consciência do que a Amazônia representa para a humanidade", afirmou Sarney.
A cerimônia é somente a primeira parte da Vigília e conta com um alto quorum de senadores, parlamentares e representantes da sociedade civil organizada por meio do "Movimento Amazônia Para Sempre".
(Amazonia.org.br, 13/05/2009)