O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, confirmou que o governo pretende fazer a licitação para a construção da usina de Belo Monte em setembro ou outubro deste ano. Segundo ele, o licenciamento ambiental para a obra está bem encaminhado, tramita normalmente e notícias em contrário já foram desmentidas pelo próprio ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que as considerou “estapafúrdias”.
“Ele me garantiu ter ligado para o Ibama [Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos naturais Renováveis], que confirmou que a situação do licenciamento está andando normalmente, o que significa que o leilão deverá mesmo ser feito entre setembro e outubro. Isto garantido pelo próprio ministro.” Zimmermann esclareceu que o ministério fez um reinventário da potencialidade geradora da região, o que confirmou que a localização de Belo Monte, “conforme o projeto a ser licitado, é a melhor possível”.
O secretário-executivo disse que a preocupação do governo é primeiro fazer Belo Monte, até porque as áreas mais acima envolvem muitas reservas indígenas e extrativistas. “Então Belo Monte, pelas avaliações positivas que nós temos tanto do Ibama como da Funai é que se apresenta como a melhor solução”.
Ele não confirmou, no entanto, informações dadas na semana passada à Agência Brasil pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que o governo só faria na região a usina de Belo Monte. Na oportunidade, Lobão afirmou que a decisão de só construir na região a usina de Belo Monte facilitaria a obtenção do licenciamento ambiental, daí a desistência por outras unidades na área.
“Tem um inventário que foi refeito e foi apresentado na Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], que ainda não deliberou sobre a sua aprovação. Então, somente após está deliberação é que saberemos de fato se haverá ou não outras usinas na região”, disse Zimmermann. A Usina de Belo Monte será construída no Rio Xingu, e deve gerar mais de 11 mil megawatts (MW) de potência. A conclusão da obra está prevista para abril de 2014 e o investimento estimado é de R$ 7 bilhões. A obra está prevista no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 10/05/2009)