De janeiro a abril, a Secretaria Municipal da Saúde aplicou 278.497 doses da vacina contra a febre amarela nos postos de Porto Alegre. Desde o dia 4, passou de 19 para 148 o número de unidades que oferecem a imunização porque a cidade é considerada área ampliada de vacinação devido à morte de dois bugios em Guaíba. O animal não transmite a doença, só avisa sobre a circulação do vírus.
A vacinação triplicou a movimentação em alguns Postos de Saúde da Família (PSF). Como consequência, alguns atendimentos e programas específicos, como da saúde do bebê e do idoso, precisaram se adequar. Segundo a coordenadora dos PSFs da Gerência Sul/Centro Sul, Rosângela Barroso, como a vacinação contra a febre amarela é preventiva, não há prazo para terminar, impedindo planejamento de longo prazo dos serviços. Explicou que existe sobrecarga porque antes da aplicação da dose são realizados alguns procedimentos. Cada atendimento leva até dez minutos.
Rosângela ressaltou o apoio das equipes comunitárias, que repassam informações nas residências sobre a vacina e os melhores horários para a ida aos postos. Na semana passada, a procura foi muito intensa. 'Têm locais que chegaram a aplicar 650 doses em um dia. O atendimento médio não passava de cem.'
No PSF Alto Erechim, no bairro Nonoai, a coordenadora Roseliane Santos destacou que, para suprir a sobrecarga de serviços, houve o apoio extra de estagiários e agentes comunitários. 'Nosso trabalho aumentou três vezes.'
(Correio do Povo, 12/05/2009)