O movimento de combate ao aquecimento global ganhou um gás extra depois que o presidente Barack Obama mostrou boa vontade com assuntos relacionados ao meio ambiente. Como que em um passe de mágica, os Estados Unidos, tradicionalmente avesso às questões ambientais, parece estar tomando a dianteira no desenvolvimento de diversas iniciativas para tornar o país mais amigável do ponto de vista ambiental.
Tanto que sustentabilidade é uma das principais preocupações de 80% das grandes cidades dos Estados Unidos. Pelo menos é o que aponta o novo estudo “Green Cities: How Urban Sustainability Efforts Can and Must Drive America’s Climate Change Policies” (Cidades verdes: como iniciativas em sustentabilidade urbana podem e devem conduzir as políticas de mudança climática da América, em tradução livre). De acordo com o documento do Living Cities, iniciativa voltada para a melhoria das condições de vida da população mais pobre e das áreas urbanas onde vivem, a grande maioria das 40 cidades abrangidas pelo estudo estão focadas na melhoria dos aspectos ambientais da região.
O Green Cities avalia a eficiência das cidades daquele país no que diz repeito à redução das emissões de carbono e ressalta três áreas-chaves que podem fazer grande diferença no curto-prazo: modernização dos prédios, empregos verdes e aumento do transporte público. Para os relatores, o ponto-chave é a modernização em massa da infra-estrutura dos edifícios já existentes, tornando mais eficiente o seu consumo de energia, uma vez que as novas construções já são projetadas para isso.
Os empregos verdes estariam diretamente ligados a esse trabalho. O estudo aponta que uma em cada três cidades deram início a programas de capacitação profissional, mas apenas uma em cada seis realmente desenvolveram programas para recolocação profissional. Com relação ao transporte público, o estudo aponta que as cidades poderiam cortar significantemente as emissões dos veículos entre 20 e 50%.
Para o CEO da Living Cities, Ben Hecht, essa emergente economia verde oferece inúmeras oportunidades, como redução nos custos de energia e transporte, além de novos empregos. “Para que isso aconteça, temos que contruir uma ponte que ligue as pessoas à essas novas oportunidades”, declara ele.
(Por Henrique Camargo, Mercado Ético / CarbonoBrasil, 11/05/2009)