O rio Uruguai reduz gradativamente a largura de seu leito em Uruguaiana, na Fronteira-Oeste. Neste domingo, 1,06 metro era a marca registrada pelos marinheiros da Delegacia Fluvial, sendo visível a retração das águas devido à estiagem. O nível está 2,5 metros abaixo da média para esta época do ano (3,5m) e os peixes desaparecem. Segundo o presidente da Associação de Pescadores de Uruguaiana, Antônio da Silva, o quadro coloca em risco a fauna e flora do manancial. 'A suspensão da pesca deveria ser imediata', diz.
A Corsan aumentou o volume de carvão ativado no tratamento da água captada para evitar odor e sabor inconvenientes provocados pelo reaparecimento das algas ao longo do Uruguai. A área crestada às margens do rio, com peixes mortos e sujeira, causa desolação aos que vivem da pesca profissional. Os pescadores apostam na previsão de chuva para amanhã na Fronteira-Oeste.
Na região de São Borja, a prolongada estiagem segue provocando incêndios em campos e matos. As propriedades Rincão da Esperança e São Rafael, à margem da BR 285, em Santo Antônio das Missões, perderam ontem em torno de 70 hectares consumidos pelo fogo. O combate às chamas mobilizou bombeiros e veículos de São Luiz Gonzaga e São Borja, que também registrou ocorrência em área à margem da BR 472, saída para Itaqui. O rio Uruguai mantém um dos níveis mais baixos das últimas décadas.
(Correio do Povo, 11/05/2009)