Integrantes do MST que estavam em frente ao MPF no centro de Porto Alegre, que estavam acampados no local, encerraram nesta quinta-feira o jejum pela reforma agrária. Para evitar o retirada de integrantes do assentamento Santa Rita de Cássia II, em Nova Santa Rita, eles jejuaram desde segunda-feira. Em Canoas, cerca de 100 manifestantes se instalaram com colchões em frente ao prédio Justiça Federal com faixas de protesto.
A Procuradoria da República no RS se manifestou a respeito das acusações do MST, repudiando as afirmações de que está promovendo a criminalização dos movimentos sociais. "As ações desenvolvidas pelo Ministério Público Federal no Estado tem como propósito cumprir as leis e a constituição, agindo seus integrantes de forma desvinculada de interesses de grupos ou entidade, mantendo atuação apolítica e apartidária", informou o órgão por nota. (Confira ao final da matéria a íntegra da nota)
Segundo o MST, nesta manhã, o Padre Rudimar Dalasta, da Comissão Pastoral da Terra precisou receber cuidados médicos devido ao jejum. Ontem, o sem-terra Carlito Zanfonato também precisou receber atendimento médico. De acordo com o Movimento, apesar do encerramento em Porto Alegre, o jejum prossegue em Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e São Gabriel.
Os integrantes do MST também protestam contra o fechamento das escolas itinerantes e pedem o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), elaborado pelo MPF e assinado pelo Incra, que previa o assentamento de 2 mil famílias até o final do ano passado.
(Zero Hora, 07/05/2009)