No Sul do Brasil, a seca causa problemas à população. No Rio Grande do Sul, a cidade de Erechim, por exemplo, está racionando água desde segunda-feira (04/05). Os reservatórios da região estão com 40% da capacidade, e o operador nacional do sistema acionou as usinas termoelétricas. No Paraná, as Cataratas do Iguaçu, um dos cenários mais famosos do Brasil, está quase irreconhecível.
A estiagem reduziu a vazão normal do Iguaçu a uma cachoeira minguada. A exuberância do maior conjunto de quedas do mundo foi transformada em filetes de água perdidos entre as pedras. Apenas a Garganta do Diabo continua com uma boa vazão. Pelo segundo dia seguido, nesta terça-feira (05/05) os carrinhos que levam os turistas até o rio não saíram do lugar. O passeio de barco embaixo das quedas foi cancelado. Não há água para o tradicional banho dos turistas e a navegação ficou perigosa.
A estiagem não interfere só na paisagem do lugar e no turismo da região. Há também impacto ambiental. A parte do Iguaçu que fica bem próxima das quedas normalmente estaria coberta de água, mas, com a estiagem, o rio praticamente secou e uma grande quantidade de peixes ficou presa entre as pedras. Nesta terça-feira, biólogos do Parque Nacional do Iguaçu começaram um trabalho de resgate desses peixes, que serão levados para o leito principal do rio.
(G1, com informações do Jornal Nacional, 05/05/2009)