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política ambiental do Japão mercado de carbono
2009-05-07

Quinto maior emissor de gases do efeito estufa do mundo e com alta eficiência energética, o Japão precisará recorrer aos créditos de carbono para alcançar as metas de redução do Protocolo de Quioto
 
Com pouco espaço, uma grande população e já com excelentes padrões de eficiência energética, o Japão está de olho no potencial brasileiro para a implementação de projetos de redução de gases do efeito estufa (GEE) que gerem créditos para o cumprimento das metas do Protocolo de Quioto. Apesar da prioridade dada a vizinhos asiáticos como a China, a América Latina é a segunda na preferência na hora de comprar créditos e o Brasil já responde por 42% do total adquirido por japoneses na região.

Com base nas emissões de 1990, o Japão precisaria reduzir em 6% suas emissões GEE, porém considerando o aumento registrado desde então, hoje este número saltou para 14,7%. Ao todo, os japoneses já compraram créditos de carbono de 448 projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o que representa 71 milhões de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), ou seja, 25% do total emitido pelas Nações Unidas. Destes, 90% são de países asiáticos e 10%, latino-americanos. A China é a líder, com 242 projetos e o Brasil é sede para 18 deles.

“Buscamos transferir tecnologia na área de eficiência energética para estes países, damos preferência para os projetos alinhados com as políticas ambientais nacionais e para aqueles que atraiam investimentos do governo e dos setores privados”, explica o consultor sênior de MDL/IC do Mitsubishi UFJ Securities, Satoshi Nakamura. Nakamura afirma que o governo e as empresas estão dispostos a apoiar e colaborar com os projetos de MDL e que em 2001 o Mitsubishi UFJ Securities criou o Comitê de Finanças de Energia Limpa (Clean Energy Finance Committee) com o intuito de prestar consultoria no desenvolvimento de projetos. “O banco compra e vende os créditos, ajuda na implementação do projeto e se tornou um dos líderes no desenvolvimento de novas metodologias, com seis aprovadas na ONU”, diz Nakamura. O programa possui consultores em dez países e, no Brasil trabalha em parceria com o Bradesco na estruturação e financiamento de projetos de MDL.

Estímulo à economia verde
Outro banco japonês também interessado no mercado de carbono latino-americano é o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) que, em parceria com o Unibanco, possui uma linha de crédito de US$ 50 milhões para o financiamento de projetos de MDL no Brasil. O JBIC lançou também um pacote financeiro de estímulo a economia verde, no valor de US$ 5 bilhões para ser liberado nos próximos dois anos, chamado “LIFE” (Leading Investment to Future Environment). O objetivo do LIFE é apoiar investimentos ambientais em países em desenvolvimento, principalmente na Ásia, em quatro categorias: energias limpas, melhorias na eficiência energética, eficiência no consumo de água e transporte urbano.

Na avaliação do chefe do Departamento de Engenharia de Finanças Ambientais do JBIC, Takashi Hongo, as possibilidades de importação de créditos no Japão só tendem a crescer, uma vez que o governo iniciou um esquema de limite e comércio de emissões ("cap and trade") voluntário em outubro de 2008, Tóquio se prepara para adotar um sistema similar e há um grande interesse entre cidadãos e empresas japonesas por neutralizar suas emissões. "Estamos a caminho de uma transição para uma economia de baixo carbono e muitas companhias estarão envolvidas nisso e irão ganhar com isso", afirma Hongo.

(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil, 06/05/2009)


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