Segundo a Fepam, técnicos realizarão ações preventivas nas populações ribeirinhas aos rios
É grave a situação do Rio do Sinos devido à estiagem que atinge o Estado e causou redução substancial da vazão em diversos pontos. Diante desse quadro, o governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), passou a acompanhar diariamente situação do rio, com ações nos municípios que integram a Bacia Hidrográfica dos rios dos Sinos e Gravataí.
A presidente da Fepam, Ana Maria Pellini acionou a Portaria 87/2006, que determina a redução em 30% a vazão dos efluentes tratados de toda a atividade industrial, além de incrementar a fiscalização para coibir eventuais lançamentos clandestinos no corpo hídrico que possam maximizar a situação delicada em que se encontra o Sinos e o Gravataí. Técnicos realizarão ações preventivas nas populações ribeirinhas aos rios, solicitando que evitem de jogar lixo ou detritos nos corpos hídricos. Nesta época do ano não ocorre o bombeamento de água para a orizicultura, por ser período de entressafra.
Peixes
Na terça-feira, o Serviço de Emergência Ambiental da Fepam foi informado pela Prefeitura de São Leopoldo sobre o surgimento de peixes mortos no Rio do Sinos. Duas equipes foram acionadas, uma por terra e outra por ar. O geólogo José Ricardo Sanberg e a bióloga Cleonice Kazmirczak vistoriaram a região e constataram a baixa vazão do rio. Já o químico Mauro Moura e o engenheiro químico Enio Leite sobrevoaram as Bacias Hidrográficas do Sinos e do Gravataí, constatando forte presença de algas, indicativo da presença de carga orgânica proveniente das redes de esgotos municipais. Os técnicos recomendam o uso de carvão ativo no tratamento da água para consumo humano.
Apesar da baixa vazão dos rios, o oxigênio dissolvido na água tem se mantido em padrões aceitáveis para a vida aquática, em torno de 4 mg/l (miligrama por litro) devido a temperatura da água a que favorece a retenção de oxigênio, embora haja presença de carga orgânica e de poluição. Apenas em dois pontos medidos ocorreram índices menores a 2 mg/l, junção do Sinos com os Arroios Gauchinho e Luiz Rau, no município de Novo Hamburgo. Enquanto durar a estiagem, a Fepam manterá equipes percorrendo as duas importantes bacias hidrográficas da região metropolitana de Porto Alegre.
(Jornal NH, 06/05/2009)