Vazão baixa favorece concentração de poluição e, consequentemente, a mortandade de peixes
A falta de chuvas no Vale do Sinos pode causar um novo desastre ecológico como a mortandade de peixes de 2006. Na tarde de ontem foi registrado o menor nível do rio em 25 anos, segundo o geólogo do Serviço de Emergência Ambiental da Fepam, José Ricardo Samberg.
De acordo com informações da Rádio ABC 900 AM, os resultados da análise divulgada nesta quarta-feira pela Fepam alertam para a vazão baixa no rio, que favorece a concentração de poluição e, consequentemente, a morte de peixes. Samberg destacou que a grande quantidade de matéria orgânica aliada ao nível baixo das águas provoca a proliferação de algas, que acabam roubando o oxigênio do Sinos.
O geólogo informou ainda que não foi registrada a morte de peixes durante a análise de terça-feira, mas a Fepam vai continuar monitorando as condições da água diariamente. Além disso, haverá uma fiscalização rígida nas indústrias para evitar o lançamento de poluentes no rio.
Nível da água
De acordo com dados da Comusa e do Semae, o nível de oxigênio próximo aos arroios está abaixo do mínimo considerado ideal pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente. No entanto, a Fepam afirma que ao londo do curso do Sinos o nível é compatível com a vida aquática. Nesta quarta, o rio atingia 1,50m em São Leopoldo e 2,53m em Novo Hamburgo.
Pelo menos 173 municípios gaúchos estão em situação de emergência por causa da estiagem.
(Jornal NH, 06/05/2009)