Trabalhadores rurais defendem prorrogação de contratos de financiamento e pagamento de um salário mínimo por seis meses às famílias afetadas
Representantes dos agricultores familiares e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura e da Secretaria-Geral da Presidência da República vão se reunir na quarta-feira para discutir um plano de socorro aos agricultores familiares atingidos pela estiagem no sul do país. A informação foi dada pelo coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), Altemir Tortelli.
Os trabalhadores encontraram-se hoje com os ministros Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, e Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência, para pedir medidas emergenciais. Eles defendem a prorrogação por 90 dias dos contratos de financiamento com vencimento neste mês e o pagamento de um salário mínimo por seis meses às famílias afetadas, cerca de 250 mil.
— Temos municípios onde as vacas estão morrendo por falta água e de comida. O agricultor não terá condições de pagar o financiamento, a não ser que se desfaça de terra, do maquinário e dos animais — disse Tortelli.
Ele espera que a ajuda esteja definida até o dia 13 de maio. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 173 municípios decretaram situação de emergência por causa da estiagem. Os agricultores entregaram aos ministros Dulci e Cassel também a pauta de reivindicação da 5ª Jornada Nacional de Lutas.
(Zero Hora, 05/05/2009)