O plantio anual da polêmica batata Amflora, da BASF, começou nesta terça-feira (05/05). Sob a supervisão da Secretaria Nacional de Agricultura da Alemanha, as batatas geneticamente modificadas serão semeadas em 20 hectares no distrito de Müritz, segundo informou a porta-voz do conselho de Química da BASF. Por causa de conflitos com manifestantes, a polícia esteve presente. Até o final da semana, a semeadura das batatas transgênicas deve ser concluída.
Segundo o proprietário das terras, Karl-Heinz Niehoff, sua lavoura será o único espaço de cultivo experimental da Amflora este ano. O previsto era cultivar cerca de 150 hectares da batata geneticamente modificada, mas depois que a ministra da Agricultura Ilse Aigner proibiu o cultivo de milho transgênico, a BASF correu o risco de que a Amflora também fosse vetada e se ofereceu por conta própria a reduzir o plantio para 20 hectares. A plantação de batatas, que corresponde a cerca de 14 campos de futebol, será totalmente cercada – embora essa medida de segurança não seja corroborada por “nenhum embasamento científico”, segundo informou a porta-voz da BASF, Susanne Brenner.
O secretário da Agricultura do estado de Mecklenburg-Vorpommerns, Till Backhaus, já se manifestou contrário ao cultivo da Amflora. “Vinte hectares configuram um plantio comercial não autorizado, e não um experimento“, disse. Por motivos de segurança, ele exige a paralisação do plantio da Amflora. A crítica se estende também à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor e Segurança Alimentar (BVL, na sigla em alemão), que teria dado a suposta autorização para o cultivo experimental.
O estado de Mecklenburg-Vorpommern deve começar este ano também a cultivar cevada geneticamente modificada. A BVL já deu carta branca para esse experimento, que será realizado na região de Rostock. A execução foi liberada para pesquisadores da Universidade de Giessen. Depois que manifestantes destruíram os primeiros experimentos liberados com cevada resistente a fungos, em Giessen, nos anos de 2006 e 2007, os pesquisadores querem agora tentar em Mecklenburg-Vorpommern.
(Versão em português por Francis França, com informações de Die Tageszeitung, 05/05/2009)