A estiagem prolongada voltou a provocar incêndios em campos e matos na região de São Borja. Só ontem, foram duas ocorrências, uma na Vila das Pontes e outra em um depósito de casca de arroz. No final de semana passado, os bombeiros atenderam a seis chamados na periferia urbana e em áreas rurais. Na margem da BR 472, saída para Itaqui, o fogo consumiu 6 hectares de vegetação nativa no sábado à noite, sendo combatido em duas horas, e 20 ha de campos e matos na Fazenda São Vicente, na madrugada de domingo. Foi preciso usar abafadores, por causa do difícil acesso. Outro caso aconteceu na rua Alberto Benevenuto, nos fundos do prédio da Polícia Federal, às margens do rio Uruguai, atingindo 150 metros quadrados.
Na tarde de domingo, um trator e máquinas de apoio combateram as chamas em um canavial e na área de campos de 6 ha, na Estação da Fepagro, por quase duas horas. Na rua Campo Osório, os bombeiros evitaram que o fogo em galhos se propagasse de um pátio para outras áreas. Na esquina das ruas Moreira César e Serafim Vargas, o incêndio consumiu 400m2 de vegetação no domingo à noite. Nas últimas semanas, campos e matos nos acessos à Ponte da Integração e no Bairro do Passo, além das proximidades da Estação da Fepagro têm concentrado as ocorrências.
Em Passo Fundo, o comandante do Grupamento de Combate a Incêndios, major Gilcei Leal da Silva, disse que, só em abril, houve 60 focos em vegetação e, até ontem, 19. Em março, foram apuradas sete ocorrências e, em dezembro, período com mais registros, 19. As margens das RSs 324, 135 e 153 e a BR 285 abrigam os principais focos. Silva adverte que a maioria dos incêndios são causados por pontas de cigarros jogadas das janelas dos veículos e pela queima de lixo. Para piorar a situação, o Centro de Meteorologia da Embrapa Trigo informa que, em abril, choveu 4,8 milímetros, quando a média do mês é de 118,4 mm.
(Correio do Povo, 05/05/2009)