O gerente de áreas degradadas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o engenheiro Célio Costa, confirmou, na manhã desta segunda-feira (04/05), um vazamento de caulim no complexo industrial de Barcarena, ocorrido no final de semana. De acordo com a Sema, o vazamento ocorreu na empresa Imerys Capim Caulim, na manhã do último sábado (02). Foram 3 metros cúbicos de caulim, que é equivalente a 3 mil litros de água. De acordo com o engenheiro da Sema, o vazamento foi comunicado pela comunidade Nova Jerusalém, que fica próximo ao pátio da empresa. 'Os moradores ligaram informando sobre o vazamento, mas ele atingiu apenas o solo da estrada que fica dentro da empresa, não houve contaminação na comunidade, nem na água', explicou o engenheiro.
Ainda segundo ele, a empresa não informou à Secretaria de Meio Ambiente sobre o vazamento, mas consegiu conter a proliferação do componente. 'A empresa era obrigada, pelas legislação ambiental vigente, a nos informar sobre qualquer vazamento', explica o gerente de áreas degradadas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. No dia seguinte, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, Delegacia do Meio Ambiente e Centro de Perícias Renato Chaves, foram até o local e constataram a veracidade da denúncia e a presença de 3 metros cúbicos de caulim no solo. 'Essa quantidade é equivalente a três mil litros de água', compara o engenheiro da Sema.
A Secretaria lavrou auto de infração para a empresa por conta do vazamento, mas segundo a Sema, ninguém devidamente autorizado para receber a documentação foi encontrado no local. Ainda de acordo com a secretaria, o motivo do vazamento só será conhecido após o resultado das análises das amostras coletadas pelo Centro de Perícias Renato Chaves.
Outro lado
Em nota a Imerys Rio Capim Caulim informou que não houve vazamento de caulim que pudesse ocasionar qualquer tipo de dano ambiental ou às comunidades que habitam a região. A empresa informou ainda que registrou, no último sábado (02), uma fissura em uma tubulação que contém caulim e água e está localizada dentro das dependências da fábrica da Imerys, em Barcarena.
A Imerys esclareceu também que logo que esta alteração foi detectada pela equipe de monitoramento ambiental, a empresa tomou as devidas providências, recolheu o caulim e continua a operar dentro da normalidade exigida pelos órgãos competentes. Nenhum material saiu das dependências da empresa. No mesmo dia, gerentes da Imerys RCC receberam a Sema – Secretaria do Meio Ambiente, e Dema – Delegacia do Meio Ambiente e prestaram todos os esclarecimentos.
(Portal ORM / Fórum Carajás, 04/05/2009)