Parte de São Francisco, nos Estados Unidos, no próximo mês, uma expedição com o objetivo de explorar uma "sopa de lixo" com o dobro do tamanho do Texas, que flutua no Oceano Pacífico. De acordo com o jornal Times, o objetivo dos cientistas e ambientalistas é tentar reciclar o material. O oceanógrafo Charles Moore, que descobriu o lixo acumulado no oceano em 1997, acredita que cerca de 100 milhões de toneladas de dejetos circulem na região. De acordo com Moore, o mar de lixo é translúcido e está numa superfície de água, por isso não pode ser detectado em fotografias de satélite. "Você só o vê da proa dos navios", declarou.
Peixes e aves confundem os minúsculos pedaços de lixo com alimento e podem chegar à mesa de consumidores com os dejetos no estômago. Moore não acredita que o problema possa ser solucionado. "Tentar limpar o Pacífico teria falido qualquer país e matado animais selvagens", afirmou ao Times.
Em junho o projeto Kaisei será colocado em prática sob a liderança de Doug Woodring na tentativa de provar que Moore está errado. A expedição composta por 30 pessoas irá utilizar aeronaves não tripuladas e exploradores robóticos para mapear a extensão e profundidade do plástico acumulado e em seguida tentar reciclar este material. Woodring admite que a tarefa não será fácil. "Nós não seremos capazes de limpar todo o oceano. A solução reside realmente em terra. Temos de tratar o plástico de uma forma totalmente diferente, e impedi-lo de chegar ao oceano", disse.
(Portal Terra / AmbienteBrasil, 04/05/2009)