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chuvas e inundações deslizamentos rio tapajós
2009-05-02

A forte chuva que caiu no final da semana no Pará deixou um saldo de duas rodovias interditadas e 17 municípios do oeste paraense em situação de emergência. Ao todo, 140 mil pessoas foram atingidas com a cheia do rio Tapajós, que chegou ao maior nível de todos os tempos, segundo informou a Defesa Civil. O rio atingiu 8,94 m, 34 cm a mais do que em 2006, quando chegou a 8,6 m, considerada a maior marca até então. A situação foi agravada pela chuva que caiu durante o feriado de 1º de maio, que ampliou o número de bairros afetados pela chuva em Santarém, no Baixo Tocantins. "Com a cheia do Tapajós de sexta-feira, mais bairros de Santarém tiveram a sua situação piorada", explicou o coordenador-adjunto da Defesa Civil na região oeste do Pará, major Augusto Lima.

Na lista dos locais em Santarém que ficaram completamente alagados, está o balneário de Alter do Chão, que teve sua praia eleita como a mais bonita do Brasil pelo jornal inglês Guardian. A orla da praia foi completamente alagada. Segundo a Defesa Civil, foi a maior cheia de todos os tempos. "Nunca o rio Tapajós atingiu essa marca. O número que tínhamos como referência era o de 2006, quando chegou a 8,6 m", avalia Lima. Ainda segundo o coordenador-adjunto da Defesa Civil no oeste do Pará, só em Santarém quase 49 mil pessos foram afetadas com a cheia de sexta-feira. Dessas, 625 precisaram ser retiradas de suas casa. Pouco mais de 4 mil estão desalojadas e 165 desabrigadas.

A Defesa Civil improvisou abrigos em escolas, centros comunitários e ginásios para abrigar as vítimas da enchente. Uma parte da ajuda às famílias afetadas com a cheia já chegou a Santarém. Foram distribuídas 500 unidades de cestas básicas, além do mesmo número de redes, cobertores, mosqueteiros e toalhas. "É um atendimento primário, mas ainda neste sábado devemos receber mais remessas para os outros municípios, como Alenquer, Almerim, Prainha e Monte Alegre", informa o oficial.

Rodovias
As estradas do interior do Pará também sofreram com a erosão provocada pelas fortes chuvas. As BRs 010 e 308 estão interditadas por crateras que se formaram no meio das duas pistas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o km 165 da BR-308, que liga os municípios de Bragança e Capanema, no nordeste paraense, está interditado desde as 12h deste sábado. "Uma cratera de pelo menos 3 m de largura e uns 2 m de comprimento se abriu na pista e ela foi interditada", informou o inspetor José Duarte.

Agentes da PRF orientam os motoristas a fazer um desvio por uma vicinal que passa por dentro da comunidade de Miraselva. "O desvio aumenta em pelo menos uns 15 km o trajeto normal", avalia o policial. Na BR-010, que liga o Pará ao Maranhão, o km 276, entre os municípios de Açaílândia (PA) e Imperatriz (MA), também está bloqueado pela erosão. "Não há previsão de obras no local", informou o inspetor Paulo Roberto.

Mais chuva
A temporada de chuvas vem castigando os Estados do Norte e do Nordeste. Nesta sexta (01/05), três deslizamentos de terra mataram quatro pessoas em Alagoas. No Ceará, a Defesa Civil contabilizou até sexta-feira quatro municípios que declararam estado de emergência e mais 51 aguardam avaliação. No Estado, 5.767 pessoas estão desabrigadas e 12.519, desalojadas. Pelo menos quatro pessoas já morreram por causa das chuvas. Dos 131 açudes do Ceará, 97 chegaram ao nível máximo.

Cinco pessoas morreram vítimas de afogamento ou deslizamentos causados pelas chuvas no Maranhão. A Defesa Civil informou que o número de pessoas atingidas pela cheia subiu para 102.943 neste sábado. Destas, 40.686 tiveram que abandonar as casas onde moram, sendo que quase 25 mil pessoas estão desabrigados e 16 mil estão desalojados. No Rio Grande do Norte, subiu para 13 o número de municípios em emergência devido às inundações. Na sexta-feira, as cidades de Porto do Mangue e São Rafael decretaram o estado emergencial.

Ao visitar na sexta-feira o dique do rio Poti, no Piauí, o governador Wellington Dias (PT) anunciou que subiu para 4 mil o número de desabrigados no Estado por causa das chuvas. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que faz o monitoramento dos rios, informou que o Poti subiu 11 m, causando estragos em Teresina.

(Por Lucy Silva, Terra, 02/05/2009)


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