"O diálogo pacífico terminou", afirmou Cervando Puertas, presidente da Organização Regional dos Povos Indígenas da Amazônia Norte (Orpian), ao sinalizar como serão os protestos dos povos indígenas daqui para frente nos Estados peruanos Amazonas e Ucayali, localizados na Amazônia peruana. Segundo a imprensa local, caso o Congresso peruano não ceda às suas reivindicações para abolir cinco artigos de Lei que prejudicariam os povos tradicionais, mais de três mil índios entrarão nas instalações da petrolífera Perupetro, na cidade de Imaza, para fechar as válvulas de bombeamento de petróleo. No momento, os indígenas permanecem em frente à empresa.
Manifestação
Na semana passada, indígenas também bloquearam um dos principais rios peruanos, afluente do rio Amazonas: o rio Napo. Essas manifestações são dois de muitos protestos em curso em toda a Amazônia peruana. Coordenados pela Associação Interétnica de Desenvolvimento da Floresta Peruana (Aidesep), os protestos acontecem em resposta às políticas governamentais do país, vistas pelos índios como discriminatórias e ameaçadoras aos direitos indígenas.
A organização pressiona o governo para revogar várias leis que, em sua opinião, violam os direitos dessas comunidades tradicionais. Além disso, os manifestantes reivindicam a criação de novas reservas para índios isolados.
(Amazonia.org.br, 30/04/2009)