Dezenas de pessoas percorreram as principais ruas da cidade com faixas manifestando indignação pela paralisação da usina desde o início do mês
Depois de uma manhã de audiência pública em que diversas lideranças políticas da cidade expuseram ao público, em frente à Câmara de Vereadores, a importância de reativar a AES Termelétrica em Uruguaiana, o ato encerrou-se com protesto no largo da Ponte Internacional, por volta das 13h. Dezenas de pessoas percorreram as principais ruas da cidade com faixas manifestando indignação pela paralisação das atividades, ocorrida no início do mês. Na ponte Internacional, o grupo promoveu um minuto de silêncio.
Depois de quase um ano sem produzir energia a AES Termelétrica demitiu 28 de seus 57 funcionários. A empresa americana investiu U$ 400 milhões na construção e implantação da usina em 2000. O motivo da paralisação foi a interrupção no fornecimento de gás natural por parte da argentina YPF. A negociação do fornecimento foi firmada em um acordo binacional entre Argentina e Brasil.
Desde 2004, quando começaram a intensificar-se os problemas energéticos no país vizinho, a YPF não cumpre efetivamente o contrato. Em maio do ano passado, o fornecimento parou por completo. O governo brasileiro tenta um novo acordo com o governo argentino para restabelecimento do gás natural. A usina segue com 16 funcionários para manutenção dos equipamentos.
(Zero Hora, 29/04/2009)