O primeiro projeto para o trecho norte do Rodoanel foi deixado de lado, no início da década, depois que a Secretaria do Meio Ambiente considerou o empreendimento inviável. Pela análise da secretaria, haveria efeitos negativos ao ambiente na região da Cantareira, onde fica parte da reserva de água da região metropolitana. No final de 2002, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu adiar as discussões do projeto porque tanto ambientalistas como a Sabesp resistiram ao traçado proposto.
As obras afetariam um setor que abastece mais de 80% da Grande SP e causaria impactos ambientais na serra da Cantareira. Naquela região fica a represa Paiva Castro (a principal do sistema Cantareira), que abastece 9 milhões de moradores. Procurada, a Sabesp não se pronunciou sobre a nova proposta de traçado.
Havia uma estimativa de que um novo traçado aumentaria os custos das obras em cerca de 6%. Uma das causas é o maior valor dos terrenos que serão desapropriados na zona norte, mais caros do que aqueles após a serra. Com a opção, será exigida a construção de ao menos dois túneis e vias elevadas no entorno da serra e a remoção de famílias. Agora, além de visar a retirada do tráfego pesado, principalmente da marginal Tietê, o trecho norte será uma barreira contra ocupações irregulares ao lado da Cantareira.
(Folha de S. Paulo, 28/04/2009)