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2009-04-28

Diretores e consultores do mercado de carbono não confiam no fechamento de um novo acordo climático para após 2012 já em Copenhague, porém garantem que o comércio de emissões continuará

Não são só pesquisadores e ambientalistas que afirmam ser pouco provável o fechamento de um acordo climático na Conferência do Clima de Copenhague, prazo estipulado pelas Nações Unidas para ter um tratado pós-Quioto. Consultores e diretores de empresas do mercado de carbono também acreditam que ainda é cedo para os delegados de 192 chegarem a um consenso.

“Os Estados Unidos não terão uma posição e os delegados farão o melhor possível, mas não conseguirão fechar um acordo”, afirma o diretor da Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA), Edwin Aalders.

O responsável pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do braço climático da ONU, Andrew Howard, diz que em Copenhague será desenhado de forma geral um tratado para controlar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) após 2012, quando termina o Protocolo de Quioto. Os aspectos mais práticos, como regras de redução ou mesmo mecanismos de flexibilização para ajudar os países a cumprirem as metas, serão construídos depois.

Para eles, a única garantia é que o mercado de carbono continuará, podendo crescer de acordo com os limites de emissões que serão impostos. “Se tivermos metas mais rigorosas no pós-Quioto, o mercado irá florescer. Caso contrário, ficará na mesma”, comenta Howard.

Indiferente do resultado, Howard confia no grande potencial para projetos de mitigação de gases para após 2012, quando haverá novas abordagens e maior flexibilidade do que nas regras atuais do MDL.

Além disso, o cenário atual com diversos países se movimentando para criar um mercado de carbono nacional ou regional (entre vizinhos) traz boas perspectivas. Alguns exemplos são a Coréia do Sul, discutindo compromissos de redução de GEEs, e a China, debatendo um esquema de limite e comércio (´cap and trade´).

Mercado pós-2012

Para o futuro, a previsão é de um grande mercado global de carbono, com mercados regionais menores funcionando em paralelo. Aalders prevê a aproximação entre Japão, que já possui um esquema voluntário em vigor, e a Nova Zelândia, que já desenha um esquema nacional; assim como a união entre Estados Unidos e Canadá.

“Vamos começar a ver vizinhos fazendo acordos para negociar entre eles”, explica Aalders.

Outras sugestões são de um mercado da Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico (OECD), com a participação da Austrália, Nova Zelândia e Canadá ou mesmo a ligação dos Estados Unidos com a União Européia, em um esquema transatlântico.

A grande expectativa do momento é justamente com relação aos Estados Unidos, que trará um grande impacto especialmente para a América Latina. O país tem um grande interesse por projetos florestais, o que abriria uma grande porta para o Brasil e seus vizinhos que possuem seu território com vasta cobertura vegetal.

Todavia, Aalders alerta que os participantes do mercado não terão toda a confiança que esperam já em 2012, uma vez que um esquema de emissões norte-americano ainda não estará em funcionamento.

Para a América Latina, as perspectivas continuam boas. “Somos muito mais parte da solução do que o problema (do clima), ainda mais quando as florestas forem incluídas”, defende o CEO da MGM Internacional, Marco Monroy.  Na opinião dele, a participação da região no mercado terá continuidade após 2012 e deve manter o mesmo perfil de projetos já visto nos últimos anos.


(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil, 27/04/2009)


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