(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
petrobras
2009-04-26

Desperdício do insumo se agrava com a crise econômica e cresce 29% neste ano

Queda da demanda industrial e menor uso de termelétricas levam a aumento do descarte do produto, que é extraído com petróleo e não estocado

A freada na economia causou, em fevereiro, desperdício de 8,1 milhões de metros cúbicos de gás por dia, queimados nas plataformas marítimas da Petrobras, sobretudo na bacia de Campos. O volume corresponde a pouco menos do consumo do Estado do Rio de Janeiro, o segundo maior do país.

Em valores, a perda em fevereiro atingiu R$ 5 milhões ao dia -com base no preço de R$ 0,62 por metro cúbico.

O desperdício ocorre porque a Petrobras produz a maior parte do gás associada à extração de petróleo. Se fechar os poços, a empresa interrompe também a produção de óleo, mais rentável. A saída é queimar o gás na plataforma ou usá-lo em suas próprias operações.

Na média dos dois primeiros meses deste ano, a queima de gás cresceu 29% e chegou a 7,1 milhões de metros cúbicos, segundo relatório do MME (Ministério de Minas e Energia). Na média de 2008, a perda era de 6 milhões de metros cúbicos.

O problema da queima do gás sempre existiu, mas se agravou com a crise, que fez o mercado encolher com a retração da indústria a partir do fim de 2008. Houve também menor uso das termelétricas a gás neste ano.

Segundo a Abegás (Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado), as vendas caíram 31,7% no primeiro bimestre do ano.

Além da redução da produção industrial e da consequente menor demanda, o preço mais alto do insumo também desestimulou o consumo. É que muitas indústrias migraram para o óleo combustível, derivado de petróleo substituto do gás para aquecimento de caldeiras.

Pelo relatório do MME, o preço do gás estava, em fevereiro, 60% mais caro no Sudeste do que a cotação de referência internacional nos EUA. O preço da Petrobras já recuou a partir de 1º de abril para algumas distribuidoras do Sul e do Sudeste. Para outras, como as do Rio, o ajuste será em 1º de maio.

Em recente entrevista à Folha, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a venda de gás começou a reagir em março -embora não tenha voltado ao nível pré-crise. Naquele mês, havia sobra de cerca de 15 milhões de metros cúbicos.

Para estimular o consumo, a estatal fez na sexta-feira um leilão do gás excedente para distribuidoras. Vendeu 3,6 milhões de metros cúbicos -37% da oferta, com preço 36% inferior à media dos contratos.

"O sentido principal é que o desconto chegue ao consumidor final do gás", disse ela.

Para o especialista Marco Tavares, da consultoria Gas Energy, falta uma política clara para o preço do gás -que ora estimula o consumo com descontos como os praticados até 2006 e ora o mantém acima das cotações internacionais. Os preços mais altos, diz, inibem o crescimento do mercado. "A indústria fica com receio de mudar para o gás."

Novas plataformas
A Petrobras afirma ainda que o aumento da queima se deve à entrada em operação de duas plataformas neste ano na bacia de Campos, capazes de produzir 4 milhões de metros cúbicos de gás associado ao petróleo.

É que os sistemas de compressão e escoamento de gás dessas unidades ainda estão em fase de instalação, o que impede o uso total do gás produzido.

Segundo a estatal, porém, o aproveitamento do gás produzido conjuntamente com o petróleo cresceu da faixa de 75% em 1999 para 85%. Nesse período, a queima do produto caiu 3,5 milhões de metros cúbicos. A meta é utilizar 92% de todo o gás produzido em 2010.

(Folha de São Paulo, 26/04/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -