A Energias de Portugal (EDP) vai investir, até 2016, 3 bilhões de euros (R$ 8,64 bilhões) na construção de cinco novas hidrelétricas e no reforço da potência de seis outras usinas, passando a produzir energia suficiente para mais de dois milhões de consumidores.
A EDP, que no Brasil detém a Energias do Brasil, disse à Agência Lusa que todas as novas hidrelétricas terão parques eólicos "ao lado", o que possibilitará a produção "de mais e melhor energia limpa".
"Nas horas de vazio, podemos utilizar a energia que está a ser gerada pelos parques eólicos para bombear novamente para a albufeira a água que já foi bombeada na barragem. Isso significa que com a mesma água se vai poder produzir energia várias vezes", explicou a empresa.
As cinco novas hidrelétricas que serão construídas são as do Baixo Sabor, Foz Tua, Fridão, Alvito e Ribeiradio.
Haverá também o reforço de potência em seis barragens do atual parque hídrico da EDP: Bemposta, Picote, Alqueva, Venda Nova, Salamonde e Paradela.
PotencialEstes investimentos aumentarão a capacidade hidrelétrica instalada em mais de 2.900 megawatts (MW), o que significa um reforço de 61% diante do atual parque da EDP.
"A energia, limpa e renovável, produzida anualmente por esta nova capacidade equivalerá ao consumo médio anual de mais de dois milhões de consumidores residenciais", disse a EDP.
A empresa destacou ainda que este plano de investimentos da empresa criará mais de 30 mil empregos, diretos e indiretos.
Segundo a EDP, Portugal tem atualmente "mais de 50%" do seu potencial hídrico sem ser aproveitado, o que significa "um dos mais baixos índices da Europa".
A EDP afirma que este programa de investimento hídrico tem associado "um conjunto de medidas de responsabilidade social e ambiental". No Baixo Sabor, já em construção, o plano de intervenção ambiental da EDP atinge os 60 milhões de euros.
A companhia lança, na sexta-feira, a sua nova campanha institucional, dedicada às hidrelétricas. "Quando projetamos uma barragem, projetamos um futuro melhor" é o slogan da campanha.
(Lusa /
UOL, 23/04/2009)