Os preços dos alimentos continuam "elevados" nos países em desenvolvimento, apesar da brusca queda das tarifas internacionais, advertiu hoje a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Em comunicado oficial, a FAO divulga os resultados do relatório Perspectivas de Colheita e Situação Alimentícia, que afirma que há 32 países com emergências alimentares no mundo.
Os dados da FAO indicam que, em 78% dos 58 países em vias de desenvolvimento estudados, os preços dos alimentos são agora mais altos que há um ano, principalmente na África Subsaariana. Espera-se que as importações de cereais dos países com baixa receita diminuam este ano em 27%, que, em números absolutos, representa uma queda do volume de importações de US$ 28 bilhões.
Essa é uma das razões pela qual os preços continuam altos nos países em desenvolvimento, já que, no final de março, só tinham sido atendidas 45% de suas necessidades. Os cálculos indicam que a produção mundial de cereais será 3% menor que a de 2008, quando foi registrada a maior de toda a história. A FAO indica vários países asiáticos como focos de insegurança alimentar, como Afeganistão, Sri Lanka e Mianmar, mas, principalmente, ressalta o caso da Coreia do Norte, onde afirma que a situação é "crônica" e que as porções de alimentos caíram pela metade.
(Efe / UOL, 24/04/2009)