O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na quarta-feira que seu país deve liderar na questão de energias renováveis, e pressionou o Congresso a estabelecer limites para as emissões de gases do efeito estufa, o que seria crucial para as atuais negociações climáticas globais.
"É hora para lançarmos as fundações para o crescimento econômico ao iniciarmos uma nova era de exploração da energia na América", disse Obama a funcionários de uma fábrica de equipamentos para energia eólica em Iowa.
"A nação que liderar o mundo na criação de novas fontes energéticas será a nação que irá liderar a economia global do século 21. A América pode ser essa nação. A América tem de ser essa nação", afirmou.
Em Washington, membros do governo pediram ao Congresso que apoie uma lei que limite as emissões de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, para que os EUA tenham credibilidade nas negociações que levarão à adoção em dezembro de um novo tratado climático global.
"Não haverá um novo acordo global se os Estados Unidos não forem parte dele, e não seremos parte dele se não estivermos no caminho de adotar nosso próprio plano doméstico", disse o negociador climático norte-americano Todd Stern à Comissão de Relações Exteriores do Senado.
"Caso não adotemos uma legislação climática e energética nacional forte, compulsória, o esforço para negociar o novo acordo internacional ficará aquém (do desejável)", afirmou.
A Câmara dos Deputados tomou a iniciativa de preparar um projeto que impõe rígidos limites às emissões de CO2 e outros poluentes gerados por fábricas, usinas elétricas e veículos.
No mês passado, o presidente da Comissão de Energia e Comércio da Câmara, Henry Waxman, apresentou um projeto que propõe uma redução de 20 por cento nas emissões até 2020, em relação aos níveis de 2005, e de mais de 80 por cento até 2050.
A proposta pode enfrentar problemas no Senado, onde precisa de 60 votos entre os 100 integrantes da Casa para ser aprovada. Republicanos criticam o sistema de limites e créditos para as emissões por considerá-lo uma forma disfarçada de imposto sobre a energia.
(Por Ross Colvin, Reuters /
UOL, 22/04/2009)