Presidente da entidade que representa os grandes frigoríficos, o economista Roberto Giannetti da Fonseca classificou de "coisa para inglês ver" a vinculação do crédito público a exigências ambientais. "Gostaríamos que todo o gado tivesse origem legalizada, tanto do ponto de vista fundiário como ambiental, mas, infelizmente, a situação na Amazônia é precária", disse.
O presidente da Abiec defendeu uma moratória para a expansão da pecuária na Amazônia. Avalia que é difícil reverter o peso da atividade na região, mas acha que a expansão está próxima do limite. Por meio da assessoria, o BNDES afirmou que o licenciamento ambiental é condição para que uma empresa possa receber recursos do banco: "No caso dos frigoríficos, eles se comprometem contratualmente a adquirir gado apenas de fornecedores que atendam às exigências da legislação ambiental".
Consultado depois sobre as declarações do presidente da Abiec, o banco repassou ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a responsabilidade por fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental.
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Folha de S. Paulo, 22/04/2009)