Empresa fará apresentação no Piratini na quarta
Os projetos do terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Rio Grande e da usina térmica associada, anunciados em dezembro do ano passado, foram revisados. O investimento para o terminal cairá de US$ 450 milhões para US$ 380 milhões, enquanto a usina térmica deverá ter potência ampliada em 25%, pelo mesmo valor.
Na próxima quarta-feira, os empreendedores levarão ao Palácio Piratini o detalhamento e os novos números do empreendimento. Conforme Marco Tavares, sócio-diretor da Gás Energy New Ventures, que assinou protocolo de intenções com o governo do Estado em dezembro, o projeto de engenharia desenvolvido pela empresa Kellog, Brown & Root (KBR) garantiu a redução de valores graças a facilidades na construção do píer de atracação dos navios e à combinação do uso de água entre o terminal de regaseificação e a usina.
A intenção dos empreendedores é vender a energia que será gerada pela usina no leilão previsto para a metade deste ano, com previsão de início de operação em 2015.
– O aumento da potência da usina, com o mesmo custo que projetávamos, eleva a competitividade do projeto para disputar o leilão – avalia.
Na apresentação no Piratini, a Gás Energy vai mostrar as plantas virtuais das unidades de Rio Grande, uma espécie de maquete digital. A empresa negociou com o governo do Estado o aumento da área de instalação no porto de 30 para 50 hectares.
– Com 15% do investimento atual, poderemos duplicar a capacidade, e com 25% a 30% do valor original, será possível triplicar – estima Tavares.
Com os planos detalhados, o próximo objetivo é obter a licença ambiental. A expectativa dos empreendedores é poder realizar audiência pública no final de maio para ter a liberação até o final do semestre. Embora o plano inicial seja importar GNL, o executivo destaca que o terminal poderá ser, no futuro, um ponto de recepção no Estado do gás extraído no Brasil:
– O Rio Grande do Sul será o primeiro Estado que vai estar pronto para receber gás do pré-sal.
(Zero Hora, 13/04/2009)