Pesquisadores da North Carolina State University descobriram que uma pequena planta aquática é capaz de limpar a água de resíduos animais e industriais, sendo uma possível alternativa também para a produção de biocombustível. A pequena planta aquática Spirodela polyrrhiza,“duckweed”, no Brasil conhecida como “lentilha d’água”, de acordo com os pesquisadores, para fins de produção de etanol, possui uma produtividade 6 vezes maior do que o milho.
O milho, insumo principal de produção de etanol nos EUA, exige pesados subsídios para manter-se competitivo e, ao mesmo tempo, recebe severas críticas pela redução da produção destinada à alimentação. Neste sentido já existem diversas pesquisas, inclusive de etanol celulósico, visando a substituição do milho.
A “lentilha d’água” parece uma alternativa promissora, com vantagens adicionais pelo seu potencial de redução de poluentes orgânicos na água. Como muitas outras plantas aquáticas, tais como a aguapé, a “lentilha d’água” prolifera em águas ricas em nutrientes orgânicos, retirando estes nutrientes da água, o que permite ser utilizadas em sistemas de tratamento para produção de água de reuso.
Em águas excessivamente contaminadas com nitrogênio, de fertilizantes, ou com efluentes orgânicos do esgoto doméstico, estas plantas podem atingir a dimensão de uma “praga’. No entanto, agora, podem ter grande utilidade. Utilizada em larga escala em “lagoas” para tratamento biológico da água, também produziria biomassa para a produção de etanol.
É, até agora, a alternativa mais ‘amigável’ ao meio ambiente, das que já foram formalmente pesquisadas para produção de biocombustíveis.
(
Henrique Cortez Weblog, 09/04/2009)