Em 2008, 43% da eletricidade consumida em Portugal teve origem em fontes renováveis, sendo que o país terminou o ano com 8.151 MW de potência instalada renovável.
De acordo com estatísticas da Direção Geral de Energia e Geologia, Portugal foi, em 2007, o terceiro país na União Europeia a 15 com maior incorporação de energias renováveis.
Ainda assim, a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis (FER) caiu 9% no ano passado em relação a 2007, devido ao decréscimo verificado na área hídrica.
Já a produção eólica cresceu 42% em 2008, com potência instalada de 2.800 MW (distribuídas em 172 usinas), atingindo assim a meta estabelecida para 2008.
O aumento da potência instalada renovável resultou, segundo a DGEG, do crescimento na potência eólica e fotovoltaica, tendo também incluído, pela primeira vez, a potência instalada numa central com aproveitamento da energia das ondas (do parque de ondas da Aguçadoura, norte de Portugal).
Região norteAlém disso, a produção de energia elétrica limpa está concentrada no norte do país, sobretudo nos distritos de Viana do Castelo, Bragança, Viseu, Coimbra, Braga e Vila Real.
Excluindo a rede hídrica, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Viana do Castelo, Lisboa, Vila Real, Guarda, Braga e Santarém são os principais distritos em termos de potência instalada, com 81% do total.
Já Lisboa, Leiria, Castelo Branco e Viseu têm uma forte componente eólica, correspondente a mais de metade da potência renovável destes distritos.
Em termos de produção eólica, os distritos com maior potência instalada eram, em dezembro, Viseu, Castelo Branco, Viana do Castelo, Coimbra, Lisboa, Vila Real, Leiria, Santarém e Braga.
Segundo os dados da DGEG, até dezembro de 2008 foram licenciados 9.687 MW de instalações a partir de FER, mais 19% em comparação à potência instalada atualmente.
Política energéticaAs fontes limpas têm sido a grande aposta da política energética do governo português, em detrimento da energia nuclear.
Ainda assim, a Enupor - Energia Nuclear de Portugal, um consórcio de investidores lançado em 2005, diz aguardar uma evolução da atual posição do Governo e manter em pé sua proposta de construção da primeira central nuclear em Portugal.
Recentemente, em declarações à Agência Lusa, o diretor da Enupor, Sampaio Nunes, criticou a falta de ação de Lisboa na área e alertou que tal implica uma "degradação competitiva" de Portugal em relação aos seus parceiros, onde está ocorrendo "uma revolução do renascimento da energia nuclear".
(Lusa /
UOL, 08/04/2009)