Com faixas e cartazes, os participantes alegaram que o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, é trazido junto com os resíduos
Integrantes de organizações não-governamentais que cuidam de animais e defendem o ambiente fizeram um protesto, no sábado de manhã, por causa da vinda do lixo de São Borja para ser tratado em Santa Maria. Com faixas e cartazes, os participantes alegaram que o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, é trazido junto com o lixo.
E, como na cidade da Fonteira Oeste já foram registrados casos da doença e houve até sacrifício de cães — um dos hospedeiros — haveria risco de a doença chegar aqui. Um cão foi sacrificado em Santa Maria em março porque apresentou sintomas da leishmaniose. O animal foi infectado em São Borja.
Após o sacrifício do cão em Santa Maria, o Diário ouviu especialistas, que não garantiram que o mosquito viria junto com o lixo. O caso está sendo avaliado pelo Conselho Municipal de Saúde.
O deputado estadual Fabiano Pereira (PT), que estava na Praça Saldanha Marinho durante o protesto, classificou a situação de "muito grave" e disse que irá encaminhar um documento à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e à Secretaria Municipal de Saúde hoje para ver quem autorizou a vinda do lixo de São Borja.
(Zero Hora, 06/04/2009)