Santa Catarina está na vanguarda do Brasil e pode ser o novo farol de um planeta em aquecimento. As alternativas encontradas pelo Governo catarinense e seus deputados na Assembléia são o que de mais revolucionário e avançado existe no mundo atualmente. O bravo deputado Antônio Aguiar, líder do PMDB, do alto de sua sabedoria, destacou: “Com base numa criteriosa análise e com a participação de diversas entidades construímos uma proposta que coloca Santa Catarina na vanguarda das políticas ambientais, procurando atender às necessidades particulares que o Estado possui, contemplando o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente”, afirmou.
Herneus de Nadal (PMDB) mencionou que o parlamento tem o compromisso de estar sincronizado com os pleitos da população e criticou a penalização dos produtores rurais por conta da legislação ambiental vigente. “Dentro de nossas prerrogativas estamos aperfeiçoando as normas ambientais de forma que atendam às particularidades de nossa região. Procuramos harmonizar e dar condições aos produtores de manter seu sustento e ao mesmo tempo preservar os recursos naturais do estado”, afirmou.
O relator deputado Romildo Titon (PMDB), assegura: “A sociedade foi ouvida, audiências foram realizadas, representantes de todos os setores apresentaram sugestões, parlamentares tiveram emendas acatadas, técnicos foram convocados, buscamos pareceres junto à seccional de Santa Catarina da Ordem dos Advogados do Brasil, tudo na busca de uma ampla participação na construção deste processo. Esta é uma proposta da sociedade catarinense e vai ao encontro do que foi sugerido nas 10 audiências públicas realizadas para tratar do tema”.
Outras brilhantes defesas foram feitas no dia da votação do Código pelas deputadas Ada De Luca (PMDB) e Odete de Jesus (PRB), e os deputados Elizeu Mattos e Moacir Sopelsa, do PMDB, Giancarlo Tomellin e Marcos Vieira, do PSDB, Joares Ponticelli, Reno Caramori, Kennedy Nunes, Lício Mauro da Silveira e Silvio Dreveck, do PP, Gelson Merísio, Cesar Souza Júnior e Jean Kulhmann, do DEM, Dagomar Carneiro (PDT) e Professor Sérgio Grando (PPS). Somente num solo sagrado como o de Santa Catarina poderiam proliferar mentes tão avançadas e argumentos tão bem amarrados.
É preciso agora que a iniciativa tomada em Santa Catarina seja levada para o restante do mundo. O planeta aguarda ansiosamente os detalhes de tão brilhante iniciativa. O deputado Jorginho Mello, distinto condutor do bravo Legislativo Barriga Verde, anunciou que vai a Brasília informar a quem de direito sobre o grito de independência ambiental, a proclamação da independência desse Estado onde a água não falta e não acontecem cheias ou secas. O nobilíssimo parlamentar deve ir mais longe: a ONU precisa tomar conhecimento das saídas que estão sendo encontradas para acabar com os problemas ambientais em Santa Catarina. A comunidade acadêmica e cienfíca mundial precisa conhecer a saída concebida por quem protege o meio ambiente e toma medidas para que as futuras gerações possam dele usufruir.
Inteligências tão privilegiadas já pensam em alterar a lei da gravidade, medida que certamente vai trazer mais benefícios à nossa população e novamente servir de farol ao restante do planeta. Afinal, usar a gravidade em sua totalidade é um desperdício, tendo em vista a quantidade de energia necessária para fugir de sua influência. Metade do consumo atual é suficiente, proporcionando economia aos cofres públicos e dando condições ao Estado de ampliar os investimentos no saneamento, da saúde e na educação.
Por tudo isso, as críticas dirigidas aos nossos ilustres parlamentares e aos técnicos do Governo do Estado que gestaram a iniciativa, são injustas, prematuras e indelicadas. Afinal, esses mesmos deputados tem plenas condições de proteger nosso meio ambiente e idéias nesse sentido já existem:
* As florestas precisam ser transformadas em troncos e armazenadas em galpões. Assim a madeira fica protegida para as futuras gerações.
* Os manguezais devem ganhar uma capa protetora, feita de argila e granito, tendo como guardiões permanentes os moradores dos loteamentos que podem ser erguidos sobre essas áreas.
* As dunas da Joaquina, por exemplo, podem ser usadas para aterrar o trecho sul da Lagoa da Conceição, acabando assim como a ameaça de eutrofização daquele corpo d'água.
* Os cursos d'água precisam ser canalizados, eliminando a necessidade de mata ciliar e faixa de proteção.
As idéias são singelas e viáveis. Isso confirma que os deputados não usaram os agricultores como massa de manobra, como a malediscência propaga. Ao contrário, eles fizeram a parte deles, foram sinceros, retos, probos, jamais iludiram quem quer que seja com propostas inviáveis. Se a decisão for anulada por alguma ADIN, as mãos parlamentares estarão limpas. Afinal, eles tentaram, a Justiça é que não permitiu.
(Por Celso Martins,
Sambaqui na Rede, 02/04/2009)