Uma cheia severa está praticamente descartada para esse ano no rio Madeira, enquanto a seca começa a entrar na pauta das discussões sobre o rio nesse princípio de abril. Esses foram os aspectos levantados na reunião de monitoramento do rio que aconteceu entre Defesa Civil, Marinha, CPRM, representante da Madeira Energia S/A, consórcio construtor da hidrelétrica de Santo Antônio e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Segundo os técnicos do Sipam, o nível do rio hoje é reflexo das chuvas que ocorreram há dez dias em sua bacia, na Bolívia. Entretanto, como depois parou de chover e a previsão para os próximos três meses é de normalidade, a régua não deve subir muito daqui para frente.
A tendência é que nível do rio fique na média, mas ainda requer cuidado já que as máximas históricas são registradas em abril. Assim, uma última reunião entre os parceiros foi agendada para dia 30 de abril, quando se fará a avaliação de acertos sobre os prognósticos de cheia para o Madeira e o rio Machado.
SecaJá a possível ocorrência de seca intensa, devido ao fato do Madeira ter subido pouco em relação aos anos anteriores, também entrou em discussão. A preocupação é a similaridade dos níveis desse ano com os registrados em 2005, quando houve uma seca histórica.
Porém, naquele ano, o fator determinante da seca foi o aquecimento das águas do Caribe, que causaram o atraso da chegada das chuvas, que só começaram em novembro. Por isso, é difícil comparar antecipadamente com esse ano. Para avaliar de perto a situação, uma reunião pré-seca ocorrerá em maio entre Sipam e defesas civis de Rondônia, Acre e Mato Grosso.
(Rondonotícias /
Amazonia.org, 02/04/2009 )