Lixo nas calçadas, móveis velhos dentro dos arroios e paradas de ônibus pichadas ou aos pedaços fazem cada vez mais parte do cenário urbano.
Geralmente, a cobrança acaba recaindo sobre o poder público. Porém, dificilmente, cobra-se de quem cometeu o ato.
Para a psicóloga Luciele Nardi Comunello, mestranda em Psicologia Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que estuda os movimentos urbanos e a sustentabilidade nas cidades, essas ações são características da cultura atual, onde se pensa que tudo pode ser descartável e instantâneo.
Outro fator que, segundo a psicóloga, influencia em determinadas atitudes é o chamado “clientelismo”.
– Muitos pensam que pagando impostos podem jogar lixo nos arroios ou destruir paradas de ônibus e, simplesmente, cobrarem do poder público. Não existe a sensação de culpa – constata Luciele.
A reportagem percorreu, ontem, a Capital e também um município da Região Metropolitana e registrou imagens dessa triste realidade.
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Zero Hora, 31/03/2009)