O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou a destruição de 62 km² de florestas na Amazônia Legal em fevereiro, área equivalente a 1,5 vez o Parque Nacional da Tijuca, segundo relatório publicado nesta segunda-feira (30). Em janeiro, haviam sido encontrados 51 km² de devastação. A medição do Imazon é feita paralelamente à do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao governo federal.
A maior parte do desmatamento registrado pelo Imazon em fevereiro ocorreu em Mato Grosso (65%). O Pará teve 25%, seguido de Roraima e Amazonas, com 4% cada, e Rondônia, com 2%. O instituto ressalta, no entanto, que devido à cobertura de nuvens, não foi possível enxergar 66% da Amazônia nas imagens de satélite utilizadas.
O céu fechado faz com que o Inpe deixe de divulgar dados mensais de desmatamento durante o chamado “inverno” amazônico, período mais chuvoso. Nesta época, o instituto publica relatórios trimestrais sobre o assunto.
Além dos 62 km² de desmatamento, foram detectados pelo Imazon outros 37 km² de degradação florestal – destruição parcial que deixa a mata mais rala. Mato Grosso tem 75% dessa área. O acompanhamento da degradação é importante pois, em muitos casos, ela é um estágio inicial para o desmatamento total da floresta, o chamado corte raso. O índice de desmatamento de fevereiro de 2009 foi muito parecido com o do mesmo mês do ano passado, quando o Imazon localizou 63 km² de devastação na Amazônia.
A maior parte do desmatamento encontrado pelo Imazon no mês passado - 74% - está em áreas privadas, devolutas ou em diversos estágios de posse. O restante aconteceu em unidades de conservação (14%) e em assentamentos de reforma agrária (12%). Com 9,6 km² de devastação, o município de Novo Progresso (PA), foi o que teve mais desmatamento detectado no mês.
(Globo Amazônia /
G1, 30/03/2009)