O chamado Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil foi lançado esta semana pelo governo e mostra que o aumento do nível do mar e a ocupação desordenada já ameaçam populações e a biodiversidade em várias regiões da costa brasileira. Em elevado risco de inundações, erosões e outros problemas estão a Foz do Rio Parnaíba, no Piauí, a Grande Salvador e as cidades de Valença, Ilhéus e Porto Seguro, na Bahia, Macaé e Marambaia, no estado do Rio, a Baixada Santista, em São Paulo, e outras regiões. Conforme o estudo, todas as capitais litorâneas apresentam grau elevado de risco social devido à ausência de esgotamento sanitário e de coleta de resíduos sólidos.
Contradição carboníferaO governo também prometeu que, em abril, será assinado um acordo para que usinas térmicas compensem suas emissões de Dióxido de Carbono (CO2). Isso seria feito com plantio de árvores, investimento em energias alternativas como eólica e solar e captura de carbono. "O Ibama só vai conceder licença de instalação das térmicas de óleo e carvão se o empreendedor fizer abatimento das emissões", disse o ministro Carlos Minc, em nota de sua assessoria de imprensa. Também em abril, uma proposta de resolução sobre essas medidas deve ser apresentada ao Conselho Nacional do Meio Ambiente.
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O Eco, 23/03/2009)