O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiu manter as licenças ambientais já concedidas ao Setor Noroeste, em Brasília. O órgão ambiental decidiu não acatar a recomendação do Ministério Público Federal. Na semana passada, a procuradora Luciana Loureiro recomendou que o Ibama suspendesse o licenciamento do futuro bairro porque segundo a procuradora a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) não cumpriu a condição imposta pelo Ibama para o licenciamento, que era encontrar a solução fundiária para a comunidade indígena que vive no local há mais de 30 anos.
"Vamos explicar ao Ministério Público que não cabe a nós resolver a questão indígena e sim à Funai. Não podemos suspender as licenças", explicou a superintendente regional do Ibama, Maria Silvia Rossi.
Nesta semana a Terracap realizou a segunda licitação de lotes do novo setor. Foram disponibilizados 20 projeções residenciais. Desta 11 foram vendidas, arrecadando R$ 137,67 milhões. Segundo informações da assessoria da Terracap o ágio médio foi de 64,52% com relação ao preço inicial. Na venda dos 20 lotes a companhia esperava arrecadar R$ 230 milhões. Em janeiro, durante a primeira licitação, a Terracap vendeu 53 lotes e arrecadou mais de R$ 500 milhões.
Durante a licitação alguns estudantes e indigenas fizeram uma manifestação contra a construção do novo setor.
(Por Helena Mader,
Correio Braziliense, 27/03/2009)