(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
emissões de gases-estufa
2009-03-27
Obama está confiante sobre a implementação de um mercado de limite e comércio de emissões, mas uma recente pesquisa mostra que a iniciativa poderá resultar em queda do PIB e em um custo inicial de US$ 1.100 anuais para as famílias americanas

Nesta semana, o presidente Barack Obama, em sua segunda entrevista coletiva em horário nobre desde que tomou posse, manifestou mais uma vez seu entusiasmo em ver o quanto antes um mercado de limite e comércio de emissões (‘cap-and-trade’) em funcionamento nos EUA.

“Minhas expectativas são as de que o pacote de novas medidas energéticas [que inclui o ‘cap-and-trade’] passe rapidamente pela Câmara e Senado. Tenho certeza que será autorizado e eu vou sancionar”, anunciou enfático Obama.

A princípio o plano propõe que haja uma redução nas emissões da ordem de 14% em 2020 e de 83% em 2025, em relação aos números de 2005.

A oposição do governo não perdeu tempo e já atacou o custo embutido no ‘cap-and-trade’. “Vamos ser honestos, podemos chamar esse mercado de ‘taxa de carbono’, e ela vai atingir diretamente o bolso de todos os americanos que dirigem um carro, que tem emprego ou que simplesmente ligam uma lâmpada”, afirmou o líder republicano na Câmara, John Boehmer.

A total magnitude desse custo nas commodities e no padrão de vida norte-americano nunca foi completamente avaliada. Uma tentativa de medir o peso que a decisão trará para os consumidores foi recentemente publicada pelo Instituto George C. Marshal.

Repassando Custos
Com o título de “O custo da Regulamentação Climática para as Residências Americanas” (The Cost of Climate Regulation for American Households), o artigo de autoria dos professores Bryan Buckley e Sergey Mityakov da Universidade de Clemson analisa os resultados de sete estudos governamentais e de ONGs sobre os impactos econômicos de um ‘cap-and-trade’ nos EUA.

De acordo com o atual plano, que segue o modelo proposto pelos senadores Joe Lieberman e Mark Warner, as empresas pagariam entre US$ 13 a US$ 20 por tonelada de CO2 que emitissem na atmosfera. Analistas esperam que boa parte desse custo seja repassado diretamente para os consumidores.

Segundo Buckley e Mityakov, esse repasse faria o preço da gasolina subir imediatamente 12 centavos por galão e a conta da energia elétrica ficar em média 7% mais alta. Os pesquisadores ainda concluíram que poderia haver uma redução de até 1% no PIB anual dos EUA. Assim como o consumo como um todo da população também cairia 1%.

Apesar de parecer pouco, esse 1% de queda no consumo seria o equivalente a um imposto anual de US$ 1.100 para uma família de quatro pessoas em 2008. E esse valor se elevaria para quase US$ 3.000 em 2050.

Os autores fizeram uma comparação com o gasto em alimentação desta mesma família. A média sugere que são gastos US$ 208 mensais com comida em uma casa com quatro pessoas. Portanto, se já estivesse implementado, o custo do ‘cap-and-trade’ em 2008 teria sido o equivalente a quase seis meses de alimentação para esta residência.

Outra perspectiva
Já para o diretor do Laboratório de Tecnologias em Energias Alternativas da Universidade de Berkeley, Daniel Kammen, existe um lado positivo do ‘cap-and-trade’ na economia.

Segundo ele, a transformação que a indústria irá sofrer para se adaptar às novas políticas e energias pode criar milhões de empregos e literalmente tirar os EUA do buraco da crise.

“Se os políticos fornecerem os mecanismos financeiros adequados, teremos ainda mais esse argumento para atrair investidores para o combate às mudanças climáticas. Eles virão pelo dinheiro em si, sem precisarmos vender as idéias verdes”, afirma Kammen.

O presidente Obama também vê com mais otimismo as possibilidades econômicas que surgiram com o aquecimento global. “O grande desafio é que devemos mudar para uma nova era energética. E isto significa se distanciar de recursos poluentes em direção às opções limpas. Trata-se de um potencial motor para o crescimento econômico.”

(Por Fabiano Ávila, CarbonoBrasil, 26/03/2009)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -