As obras da hidrelétrica de Jirau (RO, 3.300 MW) avançam em ritmo acelerado dentro do cronograma, que prevê a operação da primeira turbina em março de 2012. A usina teve concluído recentemente a primeira ensecadeira, segundo Gil Maranhão, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da GDF Suez no Brasil.
"[A conclusão da ensecadeira] vai permitir o início efetivo da hidrelétrica assim que for emitida a licença de instalação definitiva", disse Maranhão. Ao mesmo tempo, a Energia Sustentável do Brasil, controladora do projeto, está finalizando a contratação de equipamentos eletromecânicos e de controle.
Atualmente, a obra conta com 1,6 mil trabalhadores no canteiro. O executivo afirmou que a obra está vencendo o "período inercial natural" para o empreendimento desse porte. "Demora a atingir a velocidade de cruzeiro", comparou Maranhão, que participou do Seminário 5 anos do Novo Modelo: Realidade e Perspectivas para o Setor de Energia Elétrica realizado nesta terça-feira, 24 de março, no Rio de Janeiro, pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico-UFRJ.
Em relação as multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, Maranhão se limitou a dizer que é um problema superado que não chegou a atrapalhar a obra. Ele ressaltou que o Brasil tem vocação para grandes projetos hidrelétricos que, contudo, estão sendo travados por questionamentos jurídicos e ambientais.
Ele lembrou que nos últimos leilões as usinas a óleo foram as grandes vencedoras. "Há algo errado no planejamento ou na execução do planejamento", ressaltou Maranhão. O executivo afirmou, contudo, que a GDF Suez continua interessa em grandes projetos no país, como a usina Belo Monte (PA-11.181 MW). "Estamos estudando todos os projetos", se limitou, acrescentando que o Brasil é estratégico para o grupo.
(Por Alexandre Canazio, Canal Energia
/ Amazonia.org, 25/03/2009)