Tratar o lixo doméstico para evitar a degradação ambiental pode parecer um sonho distante. No entanto, a esperança está depositada em um sistema que dentro de um ano estará funcionando em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Pelo menos é isso que planeja o prefeito Milton Hobus.
O município recebe consultoria de uma empresa que detém a tecnologia alemã conhecida como Torre Azul, que promete dar destino correto aos dejetos através do processamento do material. Garantiria ainda a transformação do lixo em gás, podendo ser usado na indústria ou na geração de energia. Apesar de o projeto exigir um investimento de US$ 55 milhões (cerca de R$ 123 milhões), a implantação é dada como certa.
– Queremos nos tornar referência em questões ambientais. Os criadores da tecnologia têm a intenção de instalar o projeto e ficar com a energia elétrica. Investidores locais também podem bancar. A iniciativa privada tem interesse já que o projeto é altamente sustentável – diz o prefeito.
O sistema consiste na construção de uma torre onde é depositado todo tipo de material para beneficiamento. A representante da empresa detentora da tecnologia no país, Edrb do Brasil, Ivonice Campos, esteve em Rio do Sul, quando divulgou o trabalho para funcionários da prefeitura.
– O aproveitamento total de resíduos se caracteriza como um dos negócios emergentes do século 21, capaz de resolver a questão ambiental dos aterros e lixões e industrializar com sustentabilidade os resíduos produzidos diariamente – considera Ivonice.
Rio do Sul produz, em média, 35 toneladas de lixo doméstico por dia. A intenção, no entanto, seria adotar o novo tratamento em todas as cidades do Alto Vale.
(Por Magali Moser,
Diário Catarinense, 22/03/2009)