O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, anunciará nesta segunda-feira o novo sistema de coleta seletiva de lixo seco. O serviço será realizado duas vezes por semana em todos os bairros e não só em 11, como ocorre atualmente. Conforme o DMLU, a capacidade de recolhimento passará de 60 para cem toneladas ao dia. Uma estrutura itinerante montada no Largo Glênio Peres mostrará os benefícios e a importância ambiental da reciclagem e estará presente em eventos e nos parques.
Pioneira na coleta seletiva e há quase 19 anos sendo referência nacional, a Capital ampliará os centros de triagem – hoje, 15 unidades. Em breve, haverá nova unidade que beneficiará os catadores da Ilha da Pintada e outras cinco serão implantadas. 'Além de aumentar os empregos e a renda nos galpões de reciclagem existentes, pretendemos construir outros e ampliar essa atividade que preserva o ambiente e é socialmente importante', explica o diretor-geral do DMLU, Mário Moncks. O diretor da Divisão de Apoio Operacional do departamento, Jairo Armando dos Santos, ressalta que a ação também visa solucionar o problema do acúmulo de resíduos nas ruas.
Ele observa que a frota de veículos para recolher e distribuir materiais às unidades de triagem está sucateada, com mais de 16 anos de uso. A empresa contratada, RN Freitas, terá 28 novos veículos para coleta, inclusive caminhões de pequeno porte para atuar em locais de acesso restrito. O sistema GPS (rastreamento por satélite) permitirá que o DMLU fiscalize o cumprimento dos roteiros. O custo do novo serviço não foi revelado, mas estima-se que a coleta seletiva custe até cinco vezes mais que a convencional domiciliar. A ONG Compromisso Empresarial para Reciclagem indica o valor de 221 dólares por tonelada de lixo reciclável.
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Correio do Povo, 22/03/2009)