Dois centros de reservamento estão sendo construídos para beneficiar regiões Leste e Oeste Caxias do Sul – Um projeto do Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Samae) pretende aumentar em 26% o armazenamento de água na cidade. O primeiro passo já foi dado, com a ordem de início das obras da construção de dois centros de reservamento, um na Zona Leste e outro na Zona Oeste. Cada em deles, composto por uma caixa gigante e um compartimento elevado, reunirá 3,3 milhões de litros de água, que serão conduzidos a diversos bairros. O Sistema Faxinal, que fornece água para 63% da cidade, abastecerá os dois centros.

– Eles (os centros) devem regular o abastecimento na região em que atuam e também melhorar a dos bairros vizinhos. Funciona como um pulmão nos horários de maior consumo – explica o diretor da divisão de água do Samae, Paulo Boff.

A ideia é armazenar a água próximo de seus consumidores. Isso deve diminuir a possibilidade de corte, principalmente nos bairros mais distantes do Parque da Imprensa. Esses locais, geralmente, são os primeiros a ficar sem água e os últimos onde o abastecimento volta ao normal quando ocorre algum problema. Cada um dos centros deve direcionar água a aproximadamente 15 mil pessoas. O cálculo é feito tendo uma média de 200 litros de consumo diário por pessoa.

O engenheiro Edson Rippel, responsável pela parte hidráulica do projeto, explica que há cerca de 10 anos o Samae já pensava em setorizar o abastecimento do Faxinal, regionalizando a distribuição.

– Esses dois centros serão os primeiros de uma série, cujos locais de construção dependem do crescimento da cidade. Em sistema de água nunca se termina de trabalhar – aponta Rippel.

Caxias tem reservatórios de distribuição local espalhados por alguns bairros, mas a capacidade da maioria deles é de 300 mil litros, número bem inferior ao que os dois centros disponibilizarão aos caxienses. Hoje, a cidade tem 25 milhões de litros em armazenamento. Com as novas obras, o número aumentará para 31,6 milhões.

A conclusão dos centros está prevista para o meio do ano. Porém, eles devem começar a abastecer a região correspondente de forma gradativa, a partir do ano que vem. O prazo é devido aos diversos ajustes técnicos e obras hidráulicas complementares que o Samae deve realizar a partir do segundo semestre deste ano.

(Pioneiro, 20/03/2009)