O sistema Degrad (Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira), criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para identificar áreas em processo de desmatamento na Amazônia, ganhou página própria na internet.
O levantamento preliminar do Degrad registrou 14.915 km² de áreas degradadas em 2007 e 24.932 km² em 2008. O novo sistema foi desenvolvido para mapear anualmente, e em detalhe, as áreas em processo de desmatamento e que não são computadas pelo Prodes, sistema do Inpe que identifica apenas o “corte raso”, ou seja, as áreas em que a cobertura florestal nativa foi totalmente retirada.
Por registrar as derrubadas parciais da floresta, causadas por queimadas ou extração seletiva de madeira, o Degrad pode dar importante subsídio aos órgãos de fiscalização e diminuir o corte raso.
Baseado em imagens de satélites, o monitoramento do desmatamento na Amazônia feito pelo Inpe conta com três sistemas, que atuam de forma independente, porém complementares.
Com 20 anos de história, o Prodes é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir 4 milhões de km² todos os anos.
Em 2004 foi lançado o Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real). Menos detalhado do que o Prodes – por utilizar sensores que cobrem a Amazônia com maior freqüência, porém com imagens de menor resolução espacial –, o Deter é mais abrangente e inclui tanto o corte raso quanto as ocorrências de degradação florestal.
Em 2008, o aumento da degradação indicado pelo Deter na Amazônia brasileira motivou a criação do Degrad.
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Agência Fapesp, 18/03/2009)