Agricultores familiares, comunidades quilombolas e comunidades Guarani, organizações da sociedade civil, moradores da região e estudantes protestaram no último sábado, 14/3, contra o projeto da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) de barrar o Rio Ribeira de Iguape, no Vale do Ribeira (SP e PR).
Na data em que se comemora o Dia Mundial de Luta contra Barragens, 14 de março, o Movimento dos Ameaçados por Barragens, do Vale do Ribeira (SP), promoveu uma caminhada de dois quilômetros para protestar contra o projeto de construção da hidrelétrica de Tijuco Alto. Agricultores familiares, comunidades quilombolas (Sapatu, Porto Velho, Mandira, Morro Seco, André Lopes, São Pedro, Abobral, Ilha Rasa, João Surrá, Praia Grande, Nhunguara, Galvão e Ivaporunduva), comunidades Guarani, movimentos da sociedade civil organizada, estudantes e moradores da região concentraram-se na praça central da cidade de Ribeira, do lado paulista do Vale do Ribeira e depois caminharam até Adrianópolis, do lado paranaense.
A multidão de cerca de 1500 pessoas de acordo com estimativa do Moab, caminhou em direção a Adrianópolis e durante meia-hora, fechou a ponte que liga os dois municípios para reverenciar o Rio Ribeira de Iguape e manifestar sua preocupação e revolta contra o projeto de construção da barragem.
Ao chegar em Adrianópolis, as pessoas seguiram para o Ginásio Poliesportivo Aníbal Curi, onde assistiram diversas apresentações culturais, como as duplas sertanejas Zé e Gervasio, Dino e Dile e Elvira e Aloísio de Eldorado. Os jovens de Registro apresentaram uma batucada e os alunos da Escola Estadual Santa Barbara fizeram apresentações de musica, teatro e dança. Apresentaram-se ainda a cantora paranaense Maria Isabel de Palmeiras, o grupo de capoeira Macule Le, de Cananéia, o grupo de maracatu e percussão Batucajé, o grupo Flautinhas e a Banda de Nossa Senhora da Guia.
Na organização da manifestação, o Moab contou com o apoio de representantes do Cedea – Centro de Estudos e Defesa e Educação Ambiental, da Associação Sindical dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Cerro Azul – PR (Astraf), do Cresol, do ISA, da CUT, do IAV, SINDCEAB, Coletivo Educador Lagamar e Coletivo jovem de Cananéia, além das comunidades quilonbolas e guarani, e de agricultores familiares de Barra do Turvo.
(ISA, 17/03/2009)