Uma plataforma de grupos ambientalistas, que inclui o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), acusou hoje a firma Asia Pulp & Paper (APP) e outras fábricas de celulose associadas de destruir o habitat natural do tigre de Sumatra e de empurrar esses animais em direção a zonas rurais, onde acabam atacando pessoas.
Pelo menos 15 pessoas morreram desde o início do ano por ataques de tigres na ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia.
O grupo Eyes on the Forest (EoF) afirmou, em comunicado, que a poda "incontrolada" põe em perigo a segurança das comunidades rurais da zona e faz com que os tigres entrem em perigo de extinção.
"Sobrepondo os locais dos ataques e mapas do Governo sobre plantações de polpa de madeira, o EoF encontrou uma correlação direta entre os fatos com tigres e as práticas florestais insustentáveis da APP e seus associados", manifestou a plataforma.
O grupo ecologista disse que a empresa destruiu mais de 1 milhão de hectares de floresta em Sumatra desde que começou suas operações nos anos 1980.
Desde 1997, morreram 55 pessoas e 15 tigres de Sumatra, uma subespécie em perigo de extinção da qual só restam 500 exemplares.
A APP se apresenta em seu site como um dos maiores conglomerados papeleiros do mundo, com presença em 65 países, e sua produção combinada de papel e embalagens na Indonésia supera os 7 milhões de toneladas anuais.
(Efe,
Uol, 17/03/2009)