Mesmo com todos os entraves, a prefeitura de Joinville sustenta que quatro dos nove parques que estão sendo financiados pelo Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) podem sair do papel no final deste ano. São os parques do Boa Vista; Porta do Mar, no Espinheiros; o Parque da Cidade, no entorno da Arena; e o Parque das Águas, anexo à Cidadela Cultural Antarctica.
O prefeito Carlito Merss (PT) e o diretor do Instituto de Planejamento Urbano de Joinville (Ippuj), Celso Pomim Liberado, apresentaram na semana passada o andamento do programa à comissão Pró-parque.
Entre as quatro áreas, falta sair a licença do Parque do Boa Vista, a maior delas, com 107 mil metros quadrados, e do Parque das Águas. Os pedidos foram protocolados na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) em 2008. O diretor do Ippuj diz que a demora não deve ser empecilho. Pelas regras do programa, a prefeitura tem de concluir os nove parques até o próximo ano:
– Os quatro parques correspondem a 60% do valor de obras. Os demais são intervenções menores. Vamos começar as obras em 2010.
O processo, argumenta a prefeitura, esbarra na burocracia. O Parque da Cidade e o Parque das Águas terão de ser licitados novamente. Nenhuma empresa se habilitou nas concorrências abertas. O Porta do Mar precisa que a Secretaria de Patrimônio da União ceda o uso da área para a construção de um trapiche, já que a orla é considerada terra de marinha. O pedido foi entregue em 2007. Os outros cinco parques estão em fase de detalhamento de projeto, para viabilizar a licitação ainda este ano.
Meta é criar áreas para preservar patrimônioO Fonplata já liberou 255 mil dólares. O programa prevê 14,7 milhões em investimentos – 11,8 milhões do fundo, mais 2,95 milhões da contrapartida da prefeitura.
O presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Udo Döhler, sugeriu que as próximas áreas de lazer da cidade reunam parte do patrimônio histórico da cidade que têm se perdido:
– Temos imóveis antigos se deteriorando, que poderiam ser transplantados para outra área.
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Diário Catarinense, 16/03/2009)