Prazo curto I
Nenhum deputado ou comissão da Assembleia parece ter se debruçado com mais cuidado em uma notícia que saiu no meio da semana, a apreensão de sete toneladas de arroz colhidas no assentamento Filhos de Sepé, em Viamão. O detalhe é que o própria Incra acionou a Justiça. Os assentados arrendaram suas terras para três pessoas da região, entre outras irregularidades, como plantar em área de preservação.
Prazo curto II
Só isso já é um escândalo, mas no miolo da matéria saiu outra informação de pasmar. Os assentados reclamaram do pouco prazo dado pelo Incra para se adequarem às regras de assentamentos. O "pouco prazo" são três anos - eles pediram mais três. Ora, se um produtor particular pedisse três anos e depois mais três anos para se adequar ao que quer que seja, não colheríamos um pé de alface.
(Por Fernando Albrecht, Jornal do Comércio, 16/03/2009)