Atividade no Polo Petroquímico intrigou moradores da Capital e arredores
Um clarão iluminou o céu no início da noite de ontem e intrigou a Região Metropolitana.
Por 15 minutos, a queima de gases em uma chaminé de 120 metros de altura na Unidade de Insumos Básicos da Braskem, no Polo Petroquímico, despertou a curiosidade de porto-alegrenses e moradores de outras cidades da região. Em busca de explicações, dezenas de pessoas, assustadas, ligaram para órgãos policiais, acreditando se tratar de um incêndio de grandes proporções.
– Eu estava vindo da Barra do Ribeiro e achávamos que era um grande incêndio, pois o clarão foi muito forte. Graças a Deus não era nada – relatou Roberta Gorniski ao site zerohora.com.
Entre 19h25min e 19h40min, quem olhou para o noroeste viu um céu avermelhado, iluminado por chamas no topo de uma torre do Polo. A chaminé queimou gases que haviam sido descartados após a oscilação no funcionamento de um compressor da planta 1 da Braskem.
Segundo João Ruy Dornelles Freire, gerente de relações institucionais da Braskem, os hidrocarbonetos que estavam sendo processados haviam ficado fora da especificação técnica devido ao defeito no compressor. Para evitar que esses gases tóxicos fossem lançados diretamente no ar, eles foram queimados.
– É um procedimento de segurança. O que foi lançado na atmosfera é o mesmo gás (monóxido de carbono) que sai do escapamento de um carro – explicou.
O gerente afirma que o procedimento é raro, mas está dentro das normas técnicas de segurança.
– A torre foi projeta para isso. Não houve risco para trabalhadores ou moradores – afirmou o gerente.
O céu com poucas nuvens na noite de ontem contribuiu para que as chamas fossem vistas a quilômetros de distância. A meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia, afirma que o ar seco garantiu a maior visibilidade.
(Zero Hora, 16/03/2009)