Com a confirmação da morte de um bugio por febre amarela em Lagoa Vermelha, a região nordeste do Estado passa a integrar a lista de áreas de risco da doença.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde aumentou ontem de 141 para 158 os municípios gaúchos em alerta, após a confirmação da morte de macacos em Lagoa Vermelha e Vila Nova do Sul, na Região Central.
Das seis amostras colhidas de macacos de Lagoa Vermelha, examinadas no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, uma apresenta a causa da morte do macaco por febre amarela. Uma segunda deu negativo e outras quatro ainda serão analisadas.
Em Vila Nova do Sul, das três amostras enviadas, uma deu positivo e outra, negativo. A terceira resposta ainda é aguardada. Diante do resultado, um total de quase 100 mil pessoas residentes nestes municípios e em seus arredores deverão ser vacinadas.
Chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, a médica Marilina Bercini considera que os casos se iniciaram na região noroeste do Estado, passaram para a Região Central e agora migram para o Nordeste. A causa, no entanto, ainda é desconhecida.
Marilina volta a reforçar a importância dos moradores próximos a regiões de mata procurarem a vacina. Estatísticas da Secretaria Estadual da Saúde apontam, segundo a médica, para seis casos de febre amarela confirmadas no Estado, desde dezembro. Dessas, quatro pessoas morreram vítimas da doença. Um total de 1,184 mil macacos foram mortos, num espaço que compreende 27 municípios.
Os municípios
Passam a integrar a área de risco:
André da Rocha, Barracão, Capão Bonito do Sul, Caseiros, Esmeralda, Guabiju, Ibiaçá, Ibiraiaras, Lagoa Vermelha, Lavras do Sul, Muitos Capões, Sananduva, Santa Margarida do Sul, Santo Expedito do Sul, São Jorge, Tupanci do Sul e Vila Nova do Sul
(Zero Hora, 13/03/2009)