Empresas que comercializam defensivos agrícolas e não enviaram relatório sobre as suas atividades à CPI dos Agrotóxicos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) terão 15 dias para se manifestar. Os parlamentares membros da CPI receberam ofícios de 39 empresas, mas muitas ainda não disponibilizaram dados necessários para os levantamentos serem concluídos.
A reunião desta quarta-feira (11) aconteceu no Plenário “Rui Barbosa” e foi presidida pela deputada Janete de Sá (PMN). Atayde Armani (DEM), que é relator, também participou dos trabalhos, assim como Dary Pagung (PRP), que sugeriu ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) que mande à Comissão as informações das empresas que se recusaram a colaborar com os trabalhos.
“Assim podemos cruzar os dados e ver se os relatórios enviados à Ales são os mesmos entregues ao Idaf”, disse o parlamentar, que teve a sua sugestão aprovada à unanimidade pelos demais membros da Comissão.
Janete de Sá explicou que as empresas ainda não compreenderam que precisam mandar as informações à CPI para que os trabalhos sejam efetivados com rapidez. “Se eu quisesse informações do Idaf, como estão sugerindo, eu tinha pedido direto ao instituto. A Comissão tem o cuidado de manter as informações em sigilo nessa fase investigativa e quero que a Procuradoria da Casa emita um parecer sobre a obrigatoriedade do fornecimento das informações”.
ApoioA Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio, por meio do delegado José Monteiro Junior, se colocou à disposição da CPI para que seja feito um trabalho conjunto de apuração das possíveis irregularidades. Em ofício, o delegado explicou que recebe muitas denúncias envolvendo defensivos agrícolas e que vai apresentá-las aos membros da Comissão.
A presidente vai oficiar o secretário de Estado da Segurança Pública, Rodney Miranda, solicitando a disponibilização da delegacia para ajudar nos trabalhos da CPI. “Se tudo der certo, na próxima reunião o delegado virá trazer novas informações, que com certeza serão fundamentais para a conclusão do nosso trabalho”, frisou Janete, acrescentando que a saúde da população está em jogo e que deve ser preservada.
(AL ES, 13/03/2009)