Construtora Camargo Corrêa e Instituto Camargo Corrêa (ICC) assinam termo de cooperação para execução de projetos de formação profissional, geração de renda, proteção da infância e melhoria da educação nos municípios do entorno da obra
SESI/SENAI, Construtora Camargo Corrêa e Instituto Camargo Corrêa (ICC) vão investir cerca de R$ 10 milhões em projetos de formação profissional e desenvolvimento comunitário no entorno das obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. As ações vão beneficiar a população dos municípios de Guajará Mirim, Nova Mármore e Porto Velho, no Estado de Rondônia. O termo de cooperação será assinado nesta quinta-feira, dia 12, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às obras de Jirau.
As ações envolvem a capacitação profissional de 10 mil trabalhadores dos municípios envolvidos, projetos de geração de renda para atender famílias de agricultores, programas de melhoria na qualidade do ensino fundamental e proteção dos direitos da infância. Patrocinam o programa a Construtora Camargo Corrêa, o Instituto Camargo Corrêa e o SESI/SENAI.
"É uma parceria para promover o desenvolvimento sustentável da região. A hidrelétrica vai gerar muitos empregos durante a sua construção. Nós vamos investir para que o crescimento aconteça de maneira mais equilibrada e duradoura", diz Jair Meneghelli, presidente do Conselho Nacional do SESI.
Para atingir esse objetivo, além de investimentos, o SESI/SENAI participará com sua experiência em programas de formação profissional. O Instituto Camargo Corrêa, por sua vez, está trazendo para Rondônia três de seus programas, que vêm sendo desenvolvidos com sucesso em outras 30 cidades brasileiras e em Luanda, Angola, na África. São eles o Infância Ideal - cujo objetivo é contribuir para o desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos; Escola Ideal - que trabalha pela melhoria da qualidade de gestão da escola pública; e Futuro Ideal - voltado para o empreendedorismo juvenil e geração de trabalho e renda.
"Através do Instituto, o Grupo Camargo Corrêa investe nas comunidades onde está atuando, visando principalmente a infância e a juventude", diz Francisco Azevedo, presidente do Instituto. "Aqui na região do Madeira pretendemos diversas ações, em parceria com o Sesi/Senac e com o poder público, para aumentar a proteção às crianças, melhorar a educação, formar profissionais, criar alternativas de geração de renda e melhorar a qualidade de vida da população."
O primeiro projeto a ser implantado será o Geração Sustentável, programa de qualificação de mão-de-obra que vai oferecer 33 cursos profissionalizantes de pedreiros, carpinteiros, armadores, mecânicos, eletricistas e operadores de máquinas e caminhões.
Em Porto Velho, será construída uma escola para a realização das aulas. Após o término dos cursos, a estrutura será doada ao SENAI. Já nas outras localidades, a comunidade será atendida por uma unidade móvel e também por estruturas descentralizadas, que serão adequadas e equipadas em parceria com entidades locais.
Ainda na área de trabalho e renda, o projeto Tempo de Empreender visa à estruturação de negócios rurais familiares por meio da formação e orientação técnica. A iniciativa apoiará a comercialização e criação de infraestruturas coletivas, de forma que estes negócios se tornem econômica e ambientalmente sustentáveis.
Exploração sexual infantil
O Projeto Jirau vai implementar uma série de ações integradas de prevenção e enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A iniciativa será desenvolvida em parceria com a Childhood Brasil (Instituto WCF), organização não-governamental que atua no combate à exploração sexual contra jovens.
"Vamos desenvolver atividades para fortalecer a rede de atenção e proteção dos direitos de crianças e adolescentes e sensibilizar trabalhadores e empresas em relação ao problema", explica o diretor-executivo do Instituto.
Cooperação
O termo de cooperação terá duração de quatro anos e as ações serão operacionalizadas pelo SESI/SENAI de Rondônia e Instituto Camargo Corrêa. "Com essa conjugação de esforços pretendemos diminuir o impacto da presença de uma população nova que virá trabalhar em Jirau e contribuir o futuro da região", afirma Luiz Américo Rogo, gerente da obra.
(Rondonoticias,
Amazonia.org, 12/03/2009)