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parque marinho de abrolhos Greenpeace
2009-03-13
Ativistas do Greenpeace amarraram ontem (12) à sede da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a placa flutuante que foi utilizada no protesto em alto-mar realizado na semana passada, na região de Abrolhos, onde se localiza um dos blocos de exploração de gás e óleo ofertados pela ANP em 2003. Durante a atividade, os ativistas também entregaram um manifesto pela proteção de Abrolhos e pelo clima do planeta, assinado hoje pela Coalizão SOS Abrolhos*, que se reuniu pela manhã a bordo do navio Arctic Sunrise.

Para fotos do protesto acesse

A placa simboliza a ameaça representada pela exploração das reservas de gás e óleo, o principal vetor do aquecimento global no mundo. Em 2003 a ANP chegou a ofertar 243 blocos para exploração que se localizavam no entorno do parque. Na ocasião, um grupo de entidades ambientais se organizaram e impediram que a maioria dos blocos fosse explorada, e conseguiram a criação da zona de amortecimento (ZA), que visa diminuir os impactos na Unidade de Conservação. Por não ter sido criada via decreto federal, a ZA,foi derrubada mas, quando criada, oferecerá proteção permanente à região de maior biodiversidade do Atlântico Sul. Com a mensagem Lula: ABRa os OLHOS. Salve o Clima, o Greenpeace exigiu do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação, via decreto, da ZA com 95 mil quilômetros quadrados para proteger o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e ajudar a manter a capacidade dos oceanos de atuarem como reguladores climáticos.

A atividade faz parte da expedição Salvar o Planeta. É agora ou agora. que está em Salvador com o navio Arctic Sunrise desde a semana passada. Percorrendo sete cidades brasileiras para alertar a população sobre a urgência de medidas de combate ao aquecimento global, o tema de Abrolhos não poderia ficar de fora da expedição.

Os oceanos são o maior sumidouro de carbono do planeta e a região possui espécies como as algas calcáreas, que funcionam como depósitos de carbono, disse Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace. A criação de camarão e a exploração de gás e óleo no entorno do Parque Marinho são os grandes vilões da preservação desta região, prejudicando assim a sua função como regulador do clima do planeta.

A intenção de expandir a exploração destes combustíveis fósseis também é preocupante do ponto de vista de emissão de gases do efeito estufa. Em dezembro de 2008, o governo brasileiro lançou o Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE), atualmente em consulta pública. Na contramão dos esforços globais de combate às mudanças climáticas, o plano prevê a instalação de 68 novas usinas termelétricas fósseis no país, das quais 41 utilizarão óleo combustível, um derivado do petróleo. A conseqüência será um crescimento de 172% das emissões de gases de efeito estufa do setor elétrico. As emissões do setor, que hoje somam 14,4 milhões de toneladas, saltarão para 39,3 milhões de toneladas em 2017.

O país não prioriza a utilização de energias renováveis, muito importantes na redução de emissões de gases do efeito estufa. É como se o país estivesse indo na contra mão dos esforços globais de combate à crise climatica, alertou Leandra.

Abrolhos  Por sua biodiversidade ímpar, a região de Abrolhos recebeu, em 1983, o primeiro parque nacional marinho da América do Sul. São mais de 56 mil quilômetros quadrados na costa sul da Bahia compostos pelas ilhas: Siriba, Redonda, Guarita, Sueste e Santa Bárbara, que pertence à Marinha. Além do arquipélago, o Parque inclui dois grandes blocos de recifes de corais: o Parcel dos Abrolhos e o Recife das Timbebas.

O que é
A Coalizão SOS Abrolhos é uma rede de organizações do Terceiro Setor mobilizadas para proteger a região com a maior biodiversidade marinha registrada no Atlântico Sul. A Coalizão SOS Abrolhos surgiu em 2003, ano em que conquistou uma vitória inédita para a conservação, ao impedir a exploração de petróleo e gás natural naquela área. Atualmente a Coalizão está à frente da Campanha "SOS Abrolhos: Pescadores e Manguezais Ameaçados". A Coalizão é formada pela Rede de ONGs da Mata Atlântica; Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional (CI-Brasil); Instituto Terramar; Grupo Ambientalista da Bahia  Gambá; Instituto Baleia Jubarte; Environmental Justice Foundation  EJF; Patrulha Ecológica; Associação de Estudos Costeiros e Marinhos de Abrolhos - ECOMAR; Núcleo de Estudos em Manguezais da UERJ; Movimento Cultural Arte Manha; Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Teixeira de Freitas; Mangrove Action Project  MAP; Coalizão
Internacional da Vida Silvestre - IWC/BRASIL; Aquasis  Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos; Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro; Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia  CEPEDES; PANGEA - Centro de Estudos Sócio Ambientais, Instituto BiomaBrasil, Associação Flora Brasil e Greenpeace.

Para o texto integral do Manifesto pela proteção do banco dos Abrolhos e pelo clima do planeta acesse o site

(Asessoria de imprensa do Greenpeace, 13/03/2009)

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